Dilma anuncia verba para o metrô: em out. 2011 (à esq.) e em out. 2013, que ainda não saiu do papel
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A presidente Dilma Rousseff visita Curitiba nesta sexta-feira (9) para anunciar, pela terceira vez consecutiva, verbas para o metrô da cidade, que ainda não saíram do papel.
A petista já esteve na capital paranaense em outubro de 2011 e em outubro do ano passado pelo mesmo motivo. De lá para cá, a gestão municipal passou às mãos de um aliado, o pedetista Gustavo Fruet, o projeto foi alterado e o custo subiu.
Hoje, a presidente participa do lançamento do edital de licitação da obra. Das outras vezes, esteve na cidade para anunciar que o projeto seria contemplado no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), primeiro com R$ 1 bilhão, depois, com R$ 1,8 bilhão.
A prefeitura e os aliados da presidente defendem que este é "o maior investimento da história de Curitiba", o que justifica sua visita. O transporte público da cidade, tido como modelo e composto exclusivamente por ônibus, dá mostras de saturação. O metrô é visto como a principal forma de ampliar a capacidade de locomoção de passageiros. No total, serão investidos R$ 4,5 bilhões no projeto.
Dilma também assinará termos de compromisso para a liberação de verbas a outras três obras de mobilidade em Curitiba –também anunciadas na última visita. Serão R$ 408 milhões para a conclusão da chamada Linha Verde e para a ampliação de faixas exclusivas para ônibus. A diferença é que, agora, a verba fica disponível e a licitação dos projetos pode começar.
ESTÁDIO DA COPA
A presidente também fará hoje uma visita inaugural à Arena da Baixada, apesar de o estádio não estar totalmente pronto. "Está em 98%, mas bem adiantado", diz o secretário estadual da Copa no Paraná, Mário Celso Cunha.
O jogo-teste da Arena da Baixada, de propriedade do Atlético-PR, será somente na quarta-feira (14), com 70% da capacidade total. O sistema de luz ainda não foi testado, e só 30 mil dos 42 mil assentos estão instalados. O estádio foi um dos mais atrasados no país, e chegou a sofrer ameaça de ser excluído da Copa em janeiro, quando nem a cobertura estava pronta.
O Atlético-PR, que banca a obra, reclama do atraso de repasses do BNDES e do governo do Paraná, que fizeram financiamentos para o projeto. O custo foi repetidamente reajustado desde seu início, em 2011: passou de R$ 184 milhões para R$ 330 milhões, o que forçou o poder público a conceder novos empréstimos ao clube.
A conta sobrou para o governo do Estado, já que o BNDES havia encerrado a linha de financiamento para a Copa. Foram R$ 130 milhões em empréstimos nos últimos cinco meses. O governo do Paraná teve que fazer aportes direto do tesouro estadual à Fomento Paraná, agência de financiamento do governo, para poder bancar os repasses ao Atlético-PR.
Atualmente, o caixa da agência está baixo, o que tem atrasado os repasses. Ainda faltam R$ 12 milhões para serem liberados. Do custo total da arena, 88% será financiado pelo poder público.
FOLHA