sábado, 10 de maio de 2014

Estudantes da Venezuela pedem socorro ao Brasil

Líderes estudantis venezuelanos vieram ao Brasil para revelar os graves abusos de direitos humanos cometidos pelo sucessor de Hugo Chávez, Nicolás Maduro. Eles também denunciaram a intromissão de Cuba na Venezuela. O objetivo de sua curta missão no Brasil é bem simples: pedir socorro ao Brasil.

Os jovens que vieram foram:
Gabriel Lugo: presidente do Centro de Estudantes de Arquitetura da Universidade Central da Venezuela, campus de Barquisimeto.


Eusebio Costa: presidente de Centro de Estudantes da Universidade Católica Santa Rosa, de Caracas.

José Martínez: conselheiro da Faculdade de Ciências Jurídicas e Políticas da Universidade Central da Venezuela, Caracas.
Eles chegaram ao Brasil na segunda-feira à noite. Na terça-feira, estiveram na Universidade de São Paulo (USP). Ali, estudantes brasileiros a favor do chavismo protestaram contra os jovens venezuelanos e houve certa tensão.
Eles vieram ao Brasil com muito sacrifício. Outros estudantes na Venezuela fizeram vaquinhas e pessoas da sociedade também ajudaram para que eles pudessem comprar a passagem
Eles viriam em cinco, mas um foi preso antes de embarcarem para o Brasil e outro, receoso, não embarcou. No final, só vieram três.
Eles vieram para buscar ajuda na USP e no Congresso Nacional. Devido ao radicalismo esquerdista na USP, o grito de socorro deles mal foi ouvido.
No Congresso eles só tiveram apoio e espaço, além do PSC, graças à intervenção do Dep. Aroldo Oliveira e da Dra. Damares Alves. Com a documentação dos jovens, o deputado denunciou da tribuna (neste vídeo http://youtu.be/VG39uyvGRUA) o massacre de cidadãos venezuelanos nas mãos de um dos regimes mais tirânicos do continente americano.
Segundo sua denúncia, desde a instalação do regime chavista na Venezuela mais de 200 mil venezuelanos foram mortos.
Através da voz do Dep. Arolde, o grito de socorro de três jovens cristãos venezuelanos foi ouvido dentro do Congresso Nacional.
A agenda e organização desses estudantes em Brasília foi feita pelo Partido Social Cristão (PSC). Tudo cuidadosamente planejado e mantido em sigilo, para que tanto o governo venezuelano quanto seus aliados no governo brasileiro não impedissem a missão dos jovens em Brasília
Com a ajuda do Pastor Everaldo Dias e outros líderes dos PSC, os estudantes da Venezuela se encontraram com vários deputados e senadores, inclusive com o presidente do Senado e o presidente da Câmara dos Deputados, e depois foram defendidos, em Plenário, por senadores que pediram ao ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, proteção em sua volta para casa.
— Eles denunciam que do nosso país são enviadas armas, armas fabricadas no Brasil, que estão sendo vendidas à Venezuela e utilizadas na repressão às manifestações populares naquele país — informou o senador Alvaro Dias (PSDB-PR).

Alvaro Dias pediu ao ministro que acione a Embaixada do Brasil na Venezuela para receber os três estudantes já no aeroporto de Caracas, no próximo sábado (10), quando eles retornam a seu país. Segundo o senador, por terem vindo ao Brasil denunciar os abusos do governo venezuelano, eles estão sujeitos tanto ao risco de violência, como ao de serem presos ilegalmente, assim que chegarem em casa.
— O governo brasileiro tem a obrigação de estender a mão ao povo venezuelano nesta hora tão difícil — cobrou o senador Eduardo Amorim (PSC-SE), acrescentando que os estudantes vieram ao Brasil em uma atitude de desespero, na tentativa de evitar mais mortes em seu país.
Em Plenário, o senador Magno Malta (PR-ES) cobrou da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) que ouça os relatos dos três jovens. Eles contaram aos parlamentares que mais de 250 mil pessoas morreram nos últimos 12 anos e que o país enfrenta hoje repressão e escassez de alimentos.
— O que faremos? Tiramos uma foto com eles e não fazemos nada? — questionou.
Por onde passaram no Congresso, os jovens pediram socorro.
Eles denunciaram que a Venezuela vem sofrendo intromissões escandalosas de Cuba, inclusive com a presença de agentes das Forças Armadas cubanas dentro do Exército venezuelano, desde o governo de Hugo Chávez [1999-2013].
“A participação de Cuba vem de muito tempo. Hoje temos bandeiras cubanas içadas em instituições públicas na Venezuela. A ingerência militar cubana é anticonstitucional. Nenhum país pode permitir outro país de mandar no seu próprio exército,” disse Gabriel Lugo.
Eles também denunciaram a importação de médicos cubanos à Venezuela — modelo também adotado no Brasil em 2013 pelo governo de Dilma Rousseff.
Para assistir ao pedido de socorros dos jovens venezuelanos, clique nestes links:
Pessoas inocentes estão morrendo na Venezuela e o povo brasileiro precisava saber a verdade.
Há anos o regime chavista está assassinando pessoas, e um dos grandes representantes evangélicos do Brasil, Ariovaldo Ramos, visitou a Venezuela duas vezes no passado para dar apoio ao ditador Hugo Chávez. No ano passado, Ariovaldo lamentou publicamente a morte do ditador, dizendo: “o melhor que se pode dizer de alguém é que, porque ele passou por aqui, o mundo ficou melhor! Isso se pode dizer de Hugo Chávez!”
Se esse elogio tivesse vindo de Fidel Castro, a múmia ditadora de Cuba, ninguém estranharia. Mas vindo de um pastor reformado que tem amplo espaço em meios reformados, presbiterianos e calvinistas — inclusive a Universidade Presbiteriana Mackenzie, considerada por alguns como bastião de indeterminado conservadorismo — é de assustar.
Em vez de dar espaço para evangélicos esquerdistas como Ariovaldo, Ricardo Bitun e outros, o Mackenzie bem que poderia dar oportunidade para os três jovens venezuelanos. Assim, eles não precisariam ser repudiados por estudantes esquerdistas da USP, os quais desconhecem o que é viver num regime que mata os inocentes e tapa a boca das vítimas.
Gabriel Lugo, Eusebio Costa e José Martínez conseguiram, totalmente desprotegidos e agora ameaçados por seu governo, vir ao Brasil e quebrar o silêncio imposto por uma tirania comunista. Eles mostraram ao Brasil que Hugo Chávez e seu legado político infernal não deixaram o mundo melhor. E, definitivamente, não deixaram a Venezuela melhor.
De acordo com a Folha de S. Paulo, Lugo disse acreditar que, se os brasileiros soubessem das violações de direitos humanos na Venezuela, não deixariam o governo do Brasil apoiar o chavista Nicolás Maduro. “Acredito que o Poder Executivo do Brasil não recebe as informações verdadeiras do que se passa na Venezuela. Se recebe está errado em apoiar esse regime ditatorial [de Maduro],” disse Lugo.
O Congresso Nacional agora tem as informações necessárias para cobrar a indecente união do governo brasileiro com o governo venezuelano.
O que se espera agora é que o Congresso não se omita nem seja conivente com a mortes e com a violação de direitos humanos na Venezuela.
A vinda dos jovens ao Brasil, durando de segunda até a próxima sexta, tem sido a maior manifestação de venezuelanos fora da Venezuela.
A Dra. Damares disse: “Temo pela vida do Gabriel, do Vicente e do Eusébio no retorno, são meninos, são tão jovens, mas movidos por uma coragem invejável. O PSC fez uma favor à Venezuela, ao Brasil e ao mundo.”
Com informações de Damares Alves, Agência Senado e Folha de S. Paulo.

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