Caríssimos Companheiros de lutas patrióticas:
(...)
O PT mergulhou nosso País em um período de trevas que já
dura 13 anos. Não há aspecto da vida de uma nação que ele não tenha
corrompido, dilapidado, desmoralizado e levado ao mais baixo nível de
toda a história republicana. A corrupção, a incompetência, o
patrimonialismo chegaram a níveis tais que bem se pode dizer que o PT é o
crime organizado no poder. Agora, com a benção do Sr. Lula, o Sr.
Stédile, líder do braço armado do partido, o MST, declara que
desestabilizará o país, se Marina Silva for eleita, como já o dissera
antes sobre Aécio Campos. Essa é a democracia que eles praticam. Não
podemos tolerar isso! Isso é a ditadura do terror!
Nas eleições que se aproximam só temos duas alternativas para
derrotar esses marginais e destruir o Reich petista: Aécio Neves e
Marina Silva.
Aécio fez um ótimo governo em Minas Gerais e foi reeleito no primeiro
turno. Nada há que o desabone em sua vida política. Tem grande e
exitosa experiência administrativa e dispõe de uma equipe competente.
Restabeleceria as políticas econômicas do Plano Real, as únicas capazes
de retirar o país da recessão em que a “nova matriz econômica” do PT o
lançou. Tem condições de amealhar o apoio parlamentar que lhe permita
governar. Se propõe a fazer uma política externa isenta de ideologia e
voltada para os reais interesses do País. Satisfaz todos os dez itens
de nossa lista de condições para apoio à sua candidatura [copiada no
final do texto], conforme assegurado por pessoa de sua confiança.
É a opção lógica e ideal, nossa e de todos os brasileiros que querem
exorcizar o PT de uma vez por todas. Infelizmente, não fez de sua
passagem pelo senado um trampolim para a candidatura à presidência e
hoje é muito menos conhecido na maior parte do País do que suas
adversárias. Isso o vem colocando em situação desfavorável nas pesquisas
de intenções de votos.
Quanto a Marina Silva, suas origens, o PT e, antes, o Partido
Comunista Revolucionário não são um bom cartão de visitas. Mas nos
parece possível que o fato de tê-los abandonado possa ser considerado
uma inflexão em suas posições políticas, que seja possível esperar que a
Marina de hoje não seja a mesma de anos atrás e que as
responsabilidades do cargo a façam reavaliar certas posições.
Pesam bastante contra ela suas posições consideradas ambientalistas
radicais, inclusive seus movimentos em favor de demarcações de terras
indígenas, já com absurdo número de indivíduos em relação à área
reservada para eles. Será que sabe o que os índios contemplados com a
Raposa Serra do Sol fizeram com os arrozais, por anos e anos cultivados
com o suor de brasileiros honestos e trabalhadores?
O ambientalismo (aí incluída a questão das usinas hidrelétricas) e as
políticas indigenistas são pontas de lança de movimentos estrangeiros
que visam inviabilizar um progresso acelerado de países como o nosso e
reservar recursos naturais para seu desfrute no futuro, em um ambiente
de governança global. Marina é acusada de, conscientemente ou não, ser
instrumento desses grupos.
(...)
Demonstra aversão ao agronegócio. Mas como lidará com o fato que é
ele que vem sustentando o País? Fala em tornar mais rígidos os chamados
índices de produtividade, para subtrair mais terra dos “latifúndios” e
dedicá-las à reforma agrária. Será que ela sabe o que aconteceu à
Fazenda Itamaraty do Sr. Olacyr de Morais, o mais exitoso empreendimento
agrícola do país, por anos o maior produtor de soja do mundo, e hoje
transformada em terra arrasada pela reforma agrária do MST?
ENTRETANTO:
O programa de governo de Marina (http://marinasilva.org.br/programa/),
lido com atenção, ainda que vago em alguns pontos, é decididamente
democrático e desmonta muitas das imagens estereotipadas que seus
oponentes lançam sobre ela. Sete dos dez itens (1, 3, 4, 5, 7, 8 e 9) de
nossa lista de princípios a serem respeitados pelos candidatos estão
plenamente contemplados pelo programa, muito particularmente no que
tange à política externa livre de ideologias e à volta da economia aos
três pilares que consagraram o Plano Real. O programa é contra o decreto
8.243. Em suma: A Marina, tal como descrita em seu Programa de Governo,
não é bolivariana nem socialista revolucionária.
Os principais argumentos de seus adversários contra ela não se
sustentam. No caso do pré-sal, ela nunca disse que não o exploraria, mas
manifestou uma preocupação, que aliás é minha também, com a duração do
projeto, seus riscos e seus custos para a Petrobras, exaurida pelo PT e
hoje a empresa mais endividada do mundo.
A posição do Banco Central na organização do Estado é uma decisão de
governo e, pelo mundo afora, existem países com banco central
independente, dependente e até mesmo inexistente. O Banco Central no
período Lula era completamente independente do governo e presidido por
um banqueiro internacional: Henrique Meirelles.
Contrariamente ao que tenta nos fazer crer o PT, por meio de seus
arautos da imprensa, a eleição de Marina desmonta, sim, a máquina
petista. Serão quatro ou cinco anos fora do poder e longe do cofre. Isso
será fatal para um partido que só sabe viver pela mentira, pela
corrupção e pelo saque desavergonhado dos recursos da Nação. A ameaça
que lhe fez o MST não só mostra que não existe a propalada ligação entre
ela e aquele movimento terrorista como demonstra o desespero que já
grassa nas hostes petistas com a simples perspectiva de perda das
eleições.
Nas pesquisas de intenções de votos, Marina está à frente do Aécio. Mudar isso está fora de nosso alcance.
O princípio pétreo de nosso Movimento é expulsar o PT do governo, e
usar o tempo de um mandato a fim de criar condições para que ele não
volte nunca mais. A dinâmica das campanhas impossibilitou um contato
pessoal com Aécio ou com Marina, mas a análise acima permite supor que
ambos respeitarão os princípios que consideramos fundamentais para a
democracia e para o progresso de nossa Pátria.
CONCLUSÃO:
A metodologia das pesquisas de intenção de votos faz com que elas não
sejam 100% confiáveis (principalmente o IBOPE). Ainda que elas digam
que Aécio tenha poucas chances de ir ao segundo turno, ele é nosso
candidato absoluto no primeiro. Qualquer que seja o adversário de Dilma
no segundo turno deverá ter nosso voto e nossa militância. Se for a
Marina, embora não seja a escolha preferida, não é tão deletéria quanto
querem fazer parecer seu passado e seus adversários.
Aproveitemos também para não votar e convencer o maior número de
eleitores possível a não votarem em candidatos do PT, do PMDB, do PP e
de outros partidos de esquerda, a fim de diminuir sua influência
oportunista e mercenária no congresso.
(...)
Recebam meu abraço fraterno.
Cel José Gobbo Ferreira
Coordenador do Movimento Nacional de Ação Democrática
Os princípios com os quais o Candidato que apoiaremos deverá se comprometer são:
1) Preservar os ideais democráticos de liberdade
individual, social e econômica e combater toda e qualquer iniciativa
que, velada ou ostensivamente, vise contribuir para a tomada do poder
por grupos de orientação socialista revolucionária.
2) Garantir que a vontade do povo, manifestada por
ocasião do voto, seja rigorosamente obedecida, assegurando que os meios
de votação estejam sempre acima de qualquer suspeita e que sua
inviolabilidade seja certificada por meio de procedimentos cujos
resultados sejam de domínio público.
3) Aperfeiçoar o sistema de programas sociais,
transformando-os em um vetor de alavancagem social e evitando que se
tornem simples indutores de ociosidade remunerada e/ou artifício
aliciador de votos.
4) Restaurar o respeito aos princípios da ética, da moral
e dos costumes sobre os quais foram fundados os valores, as tradições, a
cultura e o senso comum de nosso povo.
5) Priorizar investimentos estatais em educação, saúde e segurança pública.
6) Dedicar-se à reforma do sistema prisional brasileiro
voltada a dar aos detentos condições de contribuir para sua própria
manutenção e recuperação social pelo trabalho e, nesse contexto,
empenhar-se pela revisão do Estatuto da Criança e do Adolescente e do
Código Penal Brasileiro, eliminando a impunibilidade absoluta dos
menores de 18 (dezoito) anos.
7) Erradicar a propaganda político-ideológica oficial em todos os níveis escolares.
8) Respeitar e fazer respeitar a Lei de Responsabilidade
Fiscal; instituir a transparência como norma fundamental da economia,
proibindo todo e qualquer artifício contábil na prestação das contas
públicas.
9) Rever a política de celebração de acordos comerciais
externos, abandonando o viés ideológico e levando em conta
exclusivamente o interesse nacional.
10) Como Comandante Supremo da Marinha, do Exército e da
Aeronáutica, corrigir as aflitivas condições em que se encontra a
Família Militar, em particular no que tange ao descompasso salarial, e
combater as tentativas de desmoralizar as Forças Armadas, instituições
nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e
na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República,
destinadas à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e,
por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem