Esquadrões de defesa cristãos do Líbano estão preparados para revide
Cristãos pegam em armas para se defender do Estado Islâmico
Cristãos no Líbano estão formando grupos armados para se protegerem das ameaças do Estado islâmico. Após tomar partes do Iraque e da Síria, a organização terrorista já fez ações no país vizinho. Soldados libaneses foram sequestrados e decapitados, além do surgimento de ameaças pichadas em locais de culto.
O jornal libanês Daily Star informou que as mensagens ameaçadoras foram pintadas com spray em duas igrejas da capital Trípoli na semana passada. Elas diziam: “Viremos para matar vocês, adoradores da cruz”, e “O Estado islâmico quebrará a cruz”. Há notícias de cruzes sendo queimadas na região e igrejas sendo vandalizadas. Cresce o medo entre os cristãos, que são minoria, cerca de 35% da população.
A Associated Press relatou que os cristãos nas cidades fronteiriças de Qaa e Ras Baalbek têm organizado “esquadrões de defesa” para proteger-se do Estado Islâmico e outros grupos extremistas que lutam na Síria. Eles afirmam que estão prontos para resistir e não permitir que ocorram em seu território os sequestros, crucificações e decapitações que ocorreram em outros países.
“Nós todos sabemos que se eles vierem, cortarão nossas gargantas”, disse um morador empunhando sua arma. O líder Suleiman Semaan afirma: “Não queremos atacar ninguém, mas não queremos que ninguém nos ataque”.
O influente político cristão Samir Geagea fez um apelo que os cristãos não peguem em armas. Embora classifique o Estado Islâmico de “tumor canceroso”, lembrou que entre 1975 e 1990 o Líbano foi terrivelmente afetado pela guerra civil entre cristãos e muçulmanos.
Os militantes jihadistas do EI fizeram incursões em território libanês no mês passado, mas não conseguiram entrar no país. Sequestraram soldados, que acabaram mortos. O governo já afirmou que está preparado para revidar, caso hajam novos ataques, mas é difícil controlar os muçulmanos libaneses simpatizantes do EI. Uma coalizão de igrejas cristãs do Líbano fez um apelo às autoridades religiosas muçulmanas para que proíba ataques contra os cristãos e outras minorias no país. Ainda não receberam uma resposta oficial. Com informações
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