Diversos países ao redor do mundo estão se mobilizando para ajudar no combate à epidemia
A OMS acredita que, até o final do ano, o número de infectados pelo vírus do ebola alcance 20 mil (Zoom Dosso/AFP/Getty Images)
O número de casos de ebola no oeste da África pode começar a duplicar a cada três semanas, exigindo aproximadamente 1 bilhão de dólares para controlar a crise, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Em relatório divulgado ontem (16), a OMS explicou que os recursos são necessários para ações que vão desde o pagamento de profissionais de saúde até o rastreamento de pessoas que tenham sido expostas ao vírus e a contratação de equipes de sepultamento.
Diversos países ao redor do mundo estão se mobilizando para ajudar no combate à epidemia. Os Estados Unidos, por exemplo, pretendem enviar 3.000 militares às regiões afetadas, enquanto a China deve exportar um laboratório móvel e 59 profissionais especializados para Serra Leoa. No entanto, especialistas consideram que a reposta global ao ebola está muito aquém do necessário.
“A janela de oportunidade para conter esta epidemia está fechando, precisamos que mais países enviem ajuda imediatamente”, disse a presidente da organização Médicos Sem Fronteiras, Joanne Liu. A OMS calcula que 22,3 milhões de pessoas vivem nas regiões afetadas pela atual epidemia.
Segundo a organização, praticamente metade do recurso exigido seria destinado à Libéria, país mais atingido. Desde março deste ano, mais de 4.700 pessoas foram contaminadas pelo ebola na Libéria, Serra Leoa, Guiné, Nigéria e Senegal, e pelo menos 2.400 morreram.
A OMS acredita que, até o final do ano, o número de infectados alcance 20 mil.