sábado, 27 de setembro de 2014

Segundo turno mais próximo para Aécio

Faltando 9 dias para as eleições, Marina Silva derrete e comprova que não tinha mesmo estatura para enfrentar Dilma Rousseff. O que ainda a segura na segunda posição são justamente os eleitores que fugiram de Aécio Neves, achando que a ex-petista teria condições de derrotar a atual petista. Estes votos estão indo para indecisos, refúgio natural dos arrependidos, mas devem, em bom número, serem atraídos pelo tucano. Segundo Mauro Paulino, do Datafolha, tudo pode acontecer:

Considerando-se o piso e o teto atuais de cada candidato, para a próxima semana Dilma deve variar entre 36% e 43%, Marina entre 23% e 31% e Aécio entre 16% e 22%. Se, ao contrário do que vem acontecendo, as oscilações ficarem fora das zonas de variabilidade de cada candidato, predominará um cenário de indefinição às vésperas da eleição. Se Dilma ultrapassar seu teto, ganhando terreno sobre a oposição, terá chances de ser reeleita no primeiro turno. Por outro lado, se Marina cair a seu piso e Aécio subir a seu teto, será impossível determinar quem enfrentará a presidente no segundo turno. 

Nas pesquisas internas do PSDB, já há um empate técnico em 23%, entre Marina e Aécio. Por isso, nunca Aécio teve tantas chances de chegar ao segundo turno e termos uma nova eleição, com tempos iguais na TV, cobertura e debates para apenas dois candidatos.

Mauro Paulino, diretor do Datafolha, coloca mais um elemento fundamental para a virada:

Entre os eleitores de Marina, apenas 37% conseguiram concretizar a intenção de votar na candidata. Entre os de Dilma, o sucesso foi de 57%; entre os eleitores de Aécio, chegou a 45%. Como em eleições anteriores, até 5 de outubro, a maioria dos eleitores ainda desinformados buscará o número de seus candidatos ou usará "santinhos" no dia do pleito. 

Mas, como comprovadamente a urna eletrônica potencializa o voto na legenda, especialmente nas eleições majoritárias, a ausência de candidaturas fortes do PSB para governador e senador em colégios eleitorais de peso, como São Paulo e Minas Gerais, pode prejudicar Marina Silva em caso de equilíbrio na disputa. 

Em 1998, por exemplo, quando o Datafolha fez estudo de boca de urna para quantificar erros dos eleitores, o maior prejudicado não foi Fernando Henrique (PSDB) ou Lula (PT), mas sim Ciro Gomes, então no PPS. Na ocasião, 16% dos eleitores de Ciro não conseguiram concretizar o voto.

Em 16 de outubro, este Blog já previa que Dilma tinha que subir, pegando de volta o voto dos pobres. E que Aécio tinha que subir recuperando o voto das classes mais instruídas e mais favorecidas. Dilma está cumprindo a sua parte. Aécio, ao que parece, graças à teimosia da elite brasileira, esgtá demorando um pouco mais. Mas ao que tudo indica, vai chegar lá.

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