Soros tem um vasto currículo de criar cenários de desestabilização nos países de Leste
Augusto Ramos
A Ucrânia tem estado em tumulto, pelo menos desde novembro 2013, quando uma série de protestos, financiados pelo bilionário ativista George Soros, levaram à queda dos líderes eleitos no país e à instalação de políticos escolhidos a dedo pelo Departamento de Estado dos EUA. Georges Soros é um ex-corretor, agora investidor e bilionário, que se tornou activamente envolvido na política da Europa Oriental e Ásia Central, após o colapso da União Soviética. Esse passado foi ampliado à Ucrânia onde Soros tem testemunhos do seu investimento.
“O bilionário, investidor e ativista George Soros tem uma pegada gigante na Ucrânia”, escreveu o jornalista William F. Jasper. Tal como noutras das suas operações semelhantes em dezenas de outros países, ele tem, ao longo das duas últimas décadas, literalmente despejado dezenas de milhões de dólares para organizações não-governamentais (ONGs) da Ucrânia, aparentemente para ajudá-los a transformar o seu país num outro mais “aberto” e numa “sociedade democrática”.
Mas Soros acabou por admitir o seu envolvimento na Ucrânia durante uma entrevista a Fareed Zakaria na CNN. “Em primeiro lugar a Ucrânia!” iniciava assim Zakaria a entrevista. “Uma das coisas que muitas pessoas credíveis comentam sobre si foi que durante as revoluções de 1989 financiou uma série de actividades dissidentes, grupos da sociedade civil na Europa Oriental e na Polónia, na República Checa. Você está a fazer coisas semelhantes na Ucrânia?”, perguntou Zakaria a George Soros. “Bem, eu criei uma fundação na Ucrânia antes da Ucrânia se tornar independente da Rússia, a fundação tem funcionando desde então e agora desempenhou um papel importante nos acontecimentos”, confirmou Soros.
É bem conhecido, embora ridiculamente proibido mencionar nos meios de comunicação convencionais que Soros trabalhou estreitamente com a USAID, o National Endowment for Democracy (que agora faz o trabalho antes atribuído à CIA), o Instituto Republicano Internacional, o Instituto Democrático Nacional para Assuntos Internacionais, a Casa da Liberdade, e para o Instituto Albert Einstein para iniciar uma série de revoluções coloridas na Europa Oriental e na Ásia Central, após a engenhosa queda da União Soviética.
“Muitos dos participantes em Kiev de manifestações “Euro Maidan” eram membros de ONGs financiadas por Soros e/ou foram treinados pelas mesmas ONG's nas muitas sessões de formação e conferências patrocinadas pela Fundação Soros International Renaissance (IRF), e seus vários institutos Open Society e fundações. O IRF, fundado e financiado por Soros, refere que o bilionário doou “mais do que qualquer outra organização de financiadores para transformação democrática da Ucrânia”, escreve William F. Jasper.