Os soldados não acreditavam no que estava acontecendo. O comando militar, por ordem de Juan Manuel Santos e do ministro Pinzón, havia dado instruções muito precisas de não prestar apoio aéreo.
Hoje, quarta-feira 15 de abril, durante a madrugada, membros da companhia Alirio Perdomo da coluna móvel Jacobo Arenas das FARC, armados até os dentes com explosivos, morteiros, granadas e fuzis, assaltaram a guarnição do Exército acantonada na vereda La Esperanza, corregimento de Timba, município de Buenos Aires, Cauca.
Pouco antes de uma hora da manhã começou o assédio enquanto os militares dormiam. O ataque foi sem trégua e sangrento. Desde o próprio início do assalto, os terroristas lançaram granadas e morteiros que zumbiam pelos ares e explodiram no meio da tropa.
Nos primeiros dez minutos três soldados morreram assassinados. De imediato, solicitaram apoio aéreo porque a investida dos bandidos era feroz. Haviam apanhado-os desprevenidos já que Juan Manuel Santos, o ministro Pinzón e o general Rodríguez lhes haviam informado que estivessem tranqüilos porque as FARC tinham decretado cessar fogo unilateral.
Confiados em que o apoio aéreo lhes chegaria logo, como nas épocas do governo de Uribe, os soldados agüentaram e agüentaram aguerridamente, tirando forças de onde não as tinham. Porém, passaram os minutos, as horas... os soldados não creditavam no que estava acontecendo. O comando militar, por ordem de Juan Manuel Santos e do ministro Pinzón, havia dado instruções muito precisas de não prestar apoio aéreo.
Quando as munições dos terroristas acabaram, eles se afastaram tranqüilos, apoiados e cuidados pelos indígenas amigos, como se voltassem de um passeio.
Enquanto isso, na guarnição, os soldados fizeram o inventário do ataque: nove soldados e um sub-oficial haviam sido massacrados pelos bandidos aliados do governo de Santos. Em meio à dor e o pranto, cobriram os cadáveres dos assassinados e enviaram 21 feridos graves aos hospitais e postos de saúde próximos.
Estes são outros mortos que devem ser abonados a Juan Manuel Santos, Juan Carlos Pinzón e o general Rodríguez! E que não venham dizer que o tempo impediu a chegada do apoio aéreo, porque os informes meteorológicos indicam que havia condições favoráveis para os vôos na zona.
Que desculpas a cúpula militar vai dar? Que dirão o general Mora e os generais da ativa que viajam a Havana? Continuarão defendendo as FARC, assegurando que os terroristas têm boa-vontade de paz?
Que horas amargas para a Colômbia!
Lista dos assassinados e feridos
Assassinados
Sargento
1 -Segundo-Sargento Benavidez
Soldados profissionais:
1- Páez Victor Alvarez
2- Antonio Arce Turriago
3- Innocent Jose Guevara
4- Franklin Prado Botina
5- Bridges Juan Hernández
6- José Laguilabo Labacude
7- Heiner Branco Laguna
8- Libardo Cotazo Sánchez
9- Oscar Diaz David White
10- Carlos Popayan Montanha
Feridos:
1. Sargento-primeiro Inocêncio
2. Cabo-primeiro Aquilar
3. Soldado profissional Pinto
4. Soldado profissional Martínez
5. Soldado profissional Benjumea
6. Cabo-segundo Corredor
7. Cabo-segundo Carvajal
8. Soldado profissional Hoyos
9. Soldado profissional Buritica
10. Soldado profissional Huetio
11. Soldado profissional Orellana
12. Soldado profissional Calderón
13. Soldado profissional Aguiar
14. Soldado profissional Gaujinoy
15. Soldado profissional Sánchez
16. Soldado profissional Plazas
17. Soldado profissional Hurtado
18. Sargento vice-primeiro Díaz
19. Soldado profissional Jiménez
20. Soldado profissional Beltrán A.
21. Soldado profissional Benítez O.
Nota da tradutora:
[1] Esse artigo foi escrito com base na informação dos soldados sobreviventes ao massacre, que forneceram a lista feita logo após o resgate dos corpos e traslado dos feridos. Entretanto, hoje ascendeu a 11 os militares assassinados.
[2] Para se ter uma idéia precisa do que e como ocorreu nessa guarnição do Exército no Cauca, ouçam a entrevista exclusiva e dramática que um sargento sobrevivente ofereceu ao programa “La Hora de la Verdad”:http://www.lahoradelaverdad.com.co/hace-noticia/exclusivo-sargento-del-ejercito-relata-como-fue-masacre-de-11-militares-en-el-cauca.html
Tradução: Graça Salgueiro
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