Governo vermelho monitora convocações para novas manifestações
BRASÍLIA - A manifestações programada para domingo, contrária ao governo, comunismo, petismo e foro de sp , não estão causando grandes preocupações no Palácio do Planalto, como ocorreu em março. Ainda assim, as redes sociais estão sendo monitoradas.
Quanto às manifestações, o governo não se envolverá, mesmo com o chamamento feito pelo PT e pelo ex-presidente Lula. Com base no acompanhamento dos debates na internet, a avaliação de auxiliares de Dilma Rousseff é que os protestos de domingo, organizados por setores contra o governo e que defendem o "Fora, Dilma", serão menores do que os de 15 de março, que reuniu 2 milhões de pessoas em todo o país, segundo estimativas oficiais.
Pela análise do Planalto, o calor das discussões diminuiu nas redes sociais e, sem que haja um fato novo motivando a indignação popular, não há como se sustentarem todos os meses manifestações com milhares de pessoas. Segundo um ministro, a avaliação é que "o pior, por ora, passou".
Além disso, dizem auxiliares da presidente, não houve, nos últimos dias de março, situações que complicassem ainda mais a vida de Dilma e do governo, como a divulgação dos nomes dos políticos envolvidos na Operação Lava-Jato, que ocorreu na noite de sexta-feira, antevéspera do protesto de 15 de março.
Desde as manifestações, a presidente tem saído mais do Planalto e viajado aos estados para entregar obras do governo federal, especialmente unidades do Minha Casa Minha Vida. Em vez de pronunciamentos, nos quais diz o que quer, Dilma tem dado mais entrevistas.
Segundo um auxiliar, entrevistas "humanizam" a figura dura da presidente. Nesse meio tempo, o governo enviou ao Congresso um pacote de medidas para combater a corrupção. Apesar de grande parte delas não ser novidade ou terem aplicação imediata, garantiram, na avaliação do Planalto, uma sensação de que algo está sendo feito.