O que já era previsto, infelizmente, está se concretizando. O cenário econômico para os próximos meses de 2015 é o pior possível. A maioria dos especialistas já dizem que estamos em estado de Recessão, basta observar o custo de vida mais caro e alto nível de desemprego.
O que isso significa na prática? Estamos todos lascados. Por isso, pisem no freio, economizem, comprem apenas o necessário, não financiem nada a longo prazo, cuidem com o cartão de crédito e o cheque especial e, sobretudo, cuidem do emprego que tem por que coisa vai ficar mais feia do que se imagina.
Tudo está mais caro, alimentos, combustíveis, remédios, vestuário, coisas básicas em geral, isto por que, o governo do PT pune quem trabalha e contribui para garantir o Bolsa Família e outras 'compras de votos' institucionalizadas.
Os dados do PIB do primeiro trimestre, divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira, confirmam o que consultorias econômicas vinham prevendo há algum tempo: 2015 será um ano de aperto.
Entre janeiro e março, a economia retraiu 0,2% em relação ao trimestre anterior e 1,6% na comparação com o mesmo período do ano passado. "Houve queda tanto no consumo das famílias, quanto no investimento e gastos do governo", analisa o economista e professor do Insper João Luiz Mascolo.
Especialistas esperam que o segundo trimestre seja ainda mais difícil, em parte em função do anúncio, feito na semana passada, de que o governo pretende cortar R$ 69,9 bilhões do orçamento de 2015.
"Não há dúvida de que ainda vai piorar antes de melhorar", diz Mascolo.
"Pelas estimativas mais otimistas, uma recuperação só ganhará fôlego em 2016", concorda Márcio Salvato, coordenador do Curso de Economia do Ibmec-MG.
Até o governo já admite que o PIB deve cair 1,2% neste ano, o que seria a maior contração econômica vivida pelo país desde 1990, quando o governo Collor confiscou a poupança de milhares de pessoas desatando uma onda de demissões e falência de empresas.
Nos últimos anos, os brasileiros se acostumaram a um cenário de relativa bonança. Os salários vinham subindo, o índices de desemprego batiam recordes históricos de baixa e o acesso ao crédito estava cada vez mais fácil.
O que esperar, então, de um ano de recessão? E como se preparar para as incertezas e o aperto econômico dos próximos meses? A BBC Brasil consultou analistas financeiros e economistas para responder a essa questão. Confira:
Emprego em risco?
Se as previsões dos analistas estiverem corretas, centenas de milhares de brasileiros perderão seu ganha-pão este ano.
Em abril, a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE registrou uma taxa de desemprego de 6,4%, a maior desde março de 2011. O índice ainda é baixo se comparado aos do início da década passada (que costumavam ter dois dígitos). Mas há um ano, era de 4,9%.
Já há setores que enfrentam demissões coletivas, como as montadoras, a construção civil e petróleo e gás (cuja crise foi acentuada pelas repercussões da Operação Lava Jato).
Um levantamento feito pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) mostrou que só a indústria paulista no ano passado teve uma perda de 128 mil postos de trabalho. E para este ano as perspectivas não são muito melhores.
"O desemprego está aumentando e infelizmente isso é só o começo, porque o mercado de trabalho reage ao cenário econômico com defasagem", diz Alessandra Ribeiro, analista da consultoria Tendências. "Pelos nossos cálculos teremos uma média de 370 mil desempregados a mais que no ano passado."
Para Samy Dana, professor de Finanças da FGV-SP, diante de um cenário como este é importante que as famílias mais vulneráveis revisem seus gastos e acumulem reservas.
Márcio Salvato, do Ibmec-MG, concorda e recomenda que essas economias para emergências sejam colocadas em uma aplicação de baixo risco, como um fundo de renda fixa ou títulos do tesouro.
"Um trabalhador que perde o emprego hoje provavelmente demorará mais para achar outra coisa - e possivelmente terá de aceitar um salário menor", diz Dana.
"Se alguém da família corre o risco de ficar desempregado, o ideal é que seus integrantes enxuguem seus gastos fixos para fazer uma reserva de precaução o quanto antes. Talvez seja hora de cortar a TV a cabo ou contratar um plano mais barato de celular. Eles também devem evitar fazer grandes compras ou comprometer o orçamento com a prestação de um carro ou imóvel."
Para Salvato, para alguns profissionais também pode valer a pena investir em formação e reciclagem.
"Em um ambiente de mais competição pelos postos de trabalho disponíveis, uma boa formação ou um treinamento específico podem fazer a diferença. Às vezes, pode até valer a pena pensar em mudar de área, se você trabalha em um setor que teve uma freada brusca", diz ele.
"Além disso, essa é hora de se empenhar para garantir a produtividade de seu trabalho, porque profissionais vistos como pouco produtivos no geral estão entre os primeiros a serem demitidos."(Com infomações de BBC)