quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Netanyahu avalia proibir palestinos em Jerusalém Oriental


Ideia seria mais um passo para a divisão da cidade santa

Netanyahu avalia proibir palestinos em Jerusalém Oriental

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, tem sofrido constantes pressões tanto para negociar a paz com os palestinos quanto para agir com mais força e acabar com a chamada “intifada das facas”.
Nas últimas semanas, são diários os casos de atentados e mortes em diferentes partes do país. Já morreram mais de 50 palestinos (sendo a metade terroristas) e nove israelenses. Mais de mil pessoas ficaram feridas durante os incessantes protestos contra o exército israelense na Cisjordânia e em Jerusalém.
Eles são orquestrados por grupos como o Hamas e seriam uma maneira de forçar o governo a garantir o acesso ao Monte do Templo somente a muçulmanos.

Uma das medidas anunciadas pelo gabinete de Netanyahu está causando polêmica antes mesmo de ser implantada. Ele quer revogar a permissão de residência de palestinos em vários bairros de Jerusalém Oriental.

Isso afetaria cerca de 80.000 palestinos, dos mais de 370.000 que vivem na capital. A residência garante aos palestinos dos bairros orientais de Jerusalém o direito de circular livremente por todo o Israel. É diferente do status da população da Cisjordânia e da Faixa de Gaza, que precisam de permissões especiais para atravessar as fronteiras internas do país.

Quando levou a proposta ao gabinete de segurança do Conselho de Ministros, Netanyahu foi duramente criticado por vários de seus ministros. O temor é que isso seja o estopim de uma guerra em um momento que o país está sendo ameaçado por seus inimigos externos, como o Irã e o Estado Islâmico.

A porção oriental de Jerusalém, retomada por Israel durante a guerra de 1967, seria a capital da Palestina, caso a ONU venha a reconhecê-la como um Estado.

“Devemos examinar a possibilidade de cancelar sua residência. Devemos realizar um debate sobre o tema”, afirmou Netanyahu. O Times of Israel noticiou que a ideia é vista como mais um passo para a divisão da cidade.

Entre as medidas anunciadas pelo governo israelense para conter a violência está um muro de separação em vários desses bairros. Por causa das intensas críticas, o primeiro-ministro voltou atrás.

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