A acusação contra o senador e ex-presidente (1990/1992) Fernando Collor (PTC-AL) por suspeita de envolvimento no esquema de corrupção na Petrobrás, foi protocolada no dia 21 de agosto de 2015 e está há 10 meses no gabinete do ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal.
A denuncia está sob sigilo na Corte e ainda não tem previsão de liberação para ser julgada pela Segunda Turma do Supremo.
As investigações indicam que Collor teria recebido R$ 26 milhões em propina, entre os anos de 2010 e 2014, através de um esquema de lavagem de dinheiro envolvendo a BR Distribuidora, subsidiária da Petrobrás onde o ex-presidente mantinha sua influência.
O procurador-geral, Rodrigo Janot afirma que o parlamentar teria utilizado um ‘sofisticado esquema’de lavagem através da compra de pelo menos cinco carros de luxo entre eles, um Lamborghini, um Bentley, um Range Rover e uma Ferrari, com verba supostamente oriunda de propina.
Diferente da denúncia já aceita contra o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que envolve apenas dois réus, a acusação contra Collor cita ainda outros oito acusados que apresentaram suas defesas e manifestações para serem analisadas por Teori.
O ministro relator da Lava Jato tem se debruçado sobre os desdobramentos da maior operação de combate à corrupção do País que atinge dezenas de políticos com foro privilegiado. Recentemente, ele liberou a segunda denúncia contra Cunha, envolvendo as contas secretas do peemedebista no exterior, para julgamento da Segunda Turma no próximo dia 22. Informações: Estadão