O país é governado por um partido comunista que retirou direitos como a liberdade de imprensa e de informação
Uma nova lei no Turcomenistão, localizado na Ásia Central, proíbe atividades religiosas não registradas, o que atinge principalmente aos cristãos do país.
O governo também pretende, através de uma nova comissão que controla a religião, estipular os lugares novos de culto.
O caso é delicado, pois o Turcomenistão é um dos lugares mais restritivos do mundo. Além do direito religioso, outros direitos básicos são proibidos para a população é acesso à informação, nem mesmo literaturas religiosas são permitidas, quer seja a Bíblia.
Por conta da nova lei, uma igreja localizada na cidade de Mary não poderá realizar seu tradicional acampamento de verão para crianças.
Todos os anos a igreja reúne as crianças para dias de lazer e ensinamentos. Porém este ano o pastor já foi avisado por policiais secretos que o evento está proibido.
O acampamento cristão de Mary incomoda tanto as autoridades que um desses policiais secretos já organizou uma invasão no evento. Em 2013 as crianças foram atacadas enquanto estavam acampadas e os membros foram multados por visitarem uma outra cidade e falarem da fé cristã naquele lugar.
A nova lei do país já chamou a atenção de órgãos defensores dos direitos religiosos. O Fórum 18, uma organização norueguesa, já tentou discutir com membros do Parlamento do Turcomenistão, porém eles se recusaram a falar sobre o tema.
A organização usa o artigo 18 da Declaração Universal dos Direitos Humanos que garante que “toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento, consciência, religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, isolada ou coletivamente, em público ou em particular”.
O país é governado pelo Partido Comunista do Turcomenistão.