quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Mesmo doente, cristã iraniana tem tratamento cancelado e é forçada a voltar à prisão

A jovem Maryam Naghash Zargaran chegou a fazer greve de fome para que as autoridades a liberassem para ser tratada em casa. Apesar de uma liberação temporária, ela foi forçada a voltar para a prisão antes do tratamento.

Maryam foi presa, incialmente, em 2013 sob a acusação de "agir contra a segurança nacional". (Foto: Reprodução).


No início desse mês, a cristã iraniana Maryam Naghash Zargaran, havia sido autorizada para receber um tratamento médico em sua casa. Presa desde 2013, ela se encontra muito debilitada com inúmeros problemas de saúde.

O Ministério Portas Abertas informou no dia 2 de setembro que Maryam ganhou a chance de deixar a prisão para o tratamento em casa, em vista de suas condições físicas, que são precárias. Mas, pela segunda vez, essa licença foi revogada. A primeira vez aconteceu no início do mês de junho.

Ela voltou à prisão de Evin no último sábado (17), em Teerã. O ocorrido causa grande preocupação a todos os familiares e irmãos na fé, já que o estado de saúde dela está cada vez mais delicado. A situação piora pelo fato da recente greve de fome que Maryam fez para protestar contra os maus-tratos. Ela aproveitou para exigir sua libertação.

Atualmente, os principais problemas que afligem a jovem são seus problemas de saúde que incluem baixa pressão arterial, dores e dormência nos pés e alguns problemas psicológicos devido aos traumas vividos como prisioneira. Por mais que os funcionários da prisão confirmem a gravidade de seu estado, sua libertação temporária continua sendo negada.

Um caso difícil

Maryam foi presa, incialmente, em 2013 sob a acusação de "agir contra a segurança nacional". Em junho de 2016, ela havia recebido uma licença médica, mas foi revogada no final do mesmo mês e ela teve de voltar para a prisão de Evin, para continuar cumprindo a sentença de quatro anos.

Neste episódio, quando sua licença médica foi cassada e a jovem teve de voltar para a prisão, Maryam começou uma greve de fome para exigir sua libertação imediata e incondicional. O objetivo da ação era combater o tratamento inadequado de sua saúde.

Com o apelo de sua família, ela parou com a greve de fome no início de agosto. Por causa disso, sua saúde piorou consideravelmente, sua pressão caiu, ela tinha dores e dormência nos pés e estava psicologicamente abalada. Os funcionários da prisão a examinaram, mas o tribunal iraniano não aceitou o relatório médico confirmando a gravidade de seu estado.

Maryam já se encontrava sem forças físicas ou mentais, então foi liberada no final de agosto para receber cuidados médicos adequados. Atualmente existem mais de 90 cristãos presos no Irã, por acreditar e testemunhar sobre Jesus.

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