O governo Trump está ameaçando deixar o Conselho de Direitos Humanos da ONU se o órgão não promover uma “reforma considerável”, que incluiria rever a participação de países com histórico de violações a esses direitos.
Informação foi dada pelo secretário de Estado, Rex Tillerson, a organizações não governamentais, por meio de uma carta obtida pela publicação Foreign Policy
A informação foi dada pelo secretário de Estado, Rex Tillerson, a nove organizações não governamentais, em uma carta obtida pela publicação ‘Foreign Policy’.
“Mesmo que ela seja a única organização voltada para os direitos humanos, o Conselho de Direitos Humanos requer reformas consideráveis para que continuemos participando”, escreveu Tillerson, que respondia a um pedido feito pelos nove grupos para que Washington permaneça no conselho.
Segundo a ‘Foreign Policy’, o secretário de Estado disse que os EUA “avaliam a eficiência” do conselho – que tem 47 membros, entre eles o Brasil – e questionam a composição do órgão, com a participação de China, Egito e Arábia Saudita.
Em sua sabatina no Senado para confirmação ao posto de embaixadora na ONU, Nikki Haley já tinha questionado publicamente a participação de Cuba e China no conselho com sede em Genebra.
À ‘Foreign Policy’, funcionários do Departamento de Estado teriam dito que uma retirada dos EUA do conselho não é iminente, mas é uma possibilidade real. “Não estamos tirando a opção da retirada da mesa, mas nosso objetivo é consertar a organização”, disse um dos servidores, sob anonimato.
Entre as nove organizações para as quais a carta foi endereçada estão a Better World Campaign, a Freedom House, o Comitê para Direitos Humanos na Coreia do Norte e o Instituto Jacob Blaustein para o Avanço dos Direitos Humanos.
O governo de George W. Bush já havia se recusado a fazer parte do conselho em 2006 em retaliação ao tratamento dado a Israel por seus membros. Em 2009, o governo Obama reverteu a decisão e os EUA passaram a integrar o órgão.
Fonte: Notícias ao Minuto