Milícia do presidente Assad se alia a terroristas do Hezbollah em ataque simulado
Um vídeo produzido pelas Forças de Defesa Nacional (NDF), uma milícia que apoia o presidente sírio, Bashar al-Assad, foi divulgado nesta sexta-feira (14), mostrando um treinamento que tem como alvo Israel.
O material, gravado de forma bastante amadora, mostra como as tropas sírias invadiriam um posto avançado israelense e, em meio a um bombardeio, dominam o lugar. O ponto alto é quando os soldados retiram a bandeira israelense, colocando em seu lugar duas bandeiras, uma da NDF e outra do Hezbollah, grupo terrorista libanês que apoia Assad e constantemente ameaça Israel.
Com uma música dramática tocando ao fundo, os soldados conseguem chegar ao local que representaria o território israelense. A retirada da bandeira é uma mensagem clara que o regime de Assad, apesar da guerra em seu território, planeja ataques contra Israel, a quem vem ameaçando nos últimos meses.
Na parte final do vídeo, um dos comandantes elogia seus soldados por seu desempenho. Alguns soldados são entrevistados e afirmam que “formulamos uma nova tática, um novo método, muito melhor do que o que tínhamos no passado”. Em formação, os soldados que participaram do exercício reforçam o compromisso com o presidente, gritando: “Com nosso sangue e espírito nós o redimiremos, Bashar”.
Algumas semanas atrás, a NDF afirmou que um drone israelense havia assassinado um de seus líderes, Yasser a-Sayyid, nos arredores de Damasco. De fato, a milícia possui batalhões operando perto da fronteira com Israel,
informa o portal Ynet News, que divulgou o vídeo.
Tentativas de invasão recentes
A Síria faz fronteira com o norte de Israel, mas não tem poderio militar para nenhum tipo de retaliação neste momento.
Nos últimos meses, Israel recebeu ataques vindos da Síria e sabia do contrabando de armas de grande porte para as milícias do Hezbollah, grupo terrorista libanês que ameaçou invadir, junto com forças iranianas e palestinas, o território israelense.
Mesmo em meio à guerra que despedaça seu país, que poderia incluir um avanço contra Israel na tentativa de retomar Golan, área disputada pelos dois países desde o final da guerra em 1967, mas anexadas pelo estado judeu em 1981.
Dia 8 de fevereiro, as Forças de Defesa de Israel (IDF) enfrentaram posições sírias nas Colinas de Golan, na fronteira dos dois países. O Exército israelense garantiu que era uma retaliação após um projétil de tanque ter caído no território controlado pelo Estado judeu.
Duas semanas depois, caças israelenses bombardearam posições do Exército Árabe da Síria, nas montanhas Al-Qalamun, a noroeste de Damasco. O avião de combate sobrevoou a região de Arsal Barrens, no leste do Líbano, onde ficam acampamentos do Estado Islâmico e da Al-Qaeda.
No final do ano passado, soldados armados, que possuem ligações com o Estado Islâmico tentaram invadir Israel pela fronteira norte, vindos do lado sírio das Colinas de Golan. Eles estavam em um veículo militar e dispararam contra os soldados das Forças de Defesa de Israel (IDF), que patrulhava o local.