Igrejas incentivaram marchas contra Projeto de Lei para legalizar prática
Marcha contra o aborto na Argentina.
Após o anúncio que o projeto de lei de descriminalização do aborto no Argentina está prestes a ser votado, milhares de pessoas foram às ruas de 200 cidades neste domingo (25) para protestar.
Segundo os organizadores do ato, a marcha pacífica contou com mais de 50 mil pessoas. Diversas igrejas evangélicas e católicas incentivaram os fiéis a participarem. A maioria dos cartazes e faixas traziam palavras de ordem como “Sim à Vida. Não ao Aborto” e “Aborto legal é ilegal e assassinato”. Nas redes sociais, usaram a hashtag #Sialavida [Sim à Vida].
O pastor Rubén Proietti, presidente da Aliança Cristã das Igrejas Evangélicas da República Argentina (ACIERA), organização que reúne mais de 15 mil igrejas, comemorou o sucesso da manifestação. “Fomos testemunhas de um movimento de massas sem precedentes em favor das duas vidas, a da mãe e a da criança em gestação. Após esta demonstração numerosa, será difícil o legislativo e a mídia ignorarem nossa posição”, afirmou.
Ele lembrou que o país tem uma maioria cristã e a posição da igreja sempre foi que “a vida começa a partir do momento da concepção”. Destacou ainda que a presença dos cristãos de todas as denominações foi fundamental para o sucesso do movimento.
Embora o presidente da Argentina, Mauricio Macri, tenha dito que é “a favor da vida”, liberou os parlamentares da sua base para que possam votar pela liberação do aborto. Atualmente, a lei do país considera legal a interrupção da gravidez quando a vida da mulher está em risco ou em caso de estupro.
No Brasil, marchas contra o aborto, como a realizada anualmente em Brasília, nunca passaram de alguns milhares de pessoas. Existem vários projetos de lei correndo no Congresso para a liberação do aborto, propostos por partidos que defendem essa causa, como PT e PSOL. Recentemente, a Bancada Evangélica pressionou o presidente da Câmara Rodrigo Maia para que seja votado logo o “Estatuto da Família” e o “Estatuto do Nascituro”, que bloqueariam essas tentativas, defendendo o direito à vida desde a concepção.