terça-feira, 24 de julho de 2018

Vaticano é criticado por 'silêncio' sobre situação da Venezuela e Nicarágua

A Iniciativa Democrática da Espanha e das Américas (IDEA) reúne 37 ex-presidentes de países latino-americanos e Espanha. Seu objetivo original é debater questões relacionadas com os rumos da América Latina.

Através de um documento assinado por 20 deles, a IDEA manifestou-se nesta segunda-feira (23) sobre as “violações graves, sistemáticas e generalizadas dos direitos humanos” cometidas pelos governos da Venezuela e da Nicarágua.


A IDEA apoiou as declarações da Organização dos Estados Americanos (OEA), a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, o Parlamento Europeu, e da Conferência Episcopal da Nicarágua e Venezuela sobre o tema. Todos concordam que se constituem “crimes de importância internacional”.

A nota também lamenta que o Vaticano manteve “o silêncio, a prudência zelosa”, embora seja um dos atores fundamentais da opinião mundial” e deveria se manifestar diante “das atrocidades que estão ocorrendo na América Latina pelas mãos de governos abertamente ditatoriais”.

No caso específico da Nicarágua, o Vaticano vinha pedindo pelo diálogo, mesmo após igrejas nicaraguenses terem sido vítima de ataques de grupos paramilitares.

Chama atenção que tanto Daniel Ortega (Nicarágua) quanto Nicolás Maduro (Venezuela) se dizem católicos.

A declaração da IDEA enfatiza que nenhum governo pode invocar a soberania como justificativa para violar os direitos humanos, pois tais direitos não estão limitados ao poder do Estado. Os signatários também destacam a “urgência de se estabelecer um canal humanitário” para resolver a crise da Venezuela.

O nome de Fernando Henrique Cardoso, amigo de Hugo Cháves e ligado à esquerda latina, não consta do documento, embora seja um dos membros da Iniciativa. A declaração pode se lida na íntegra AQUI.

Ela foi assinada pelos ex-presidentes Enrique Bolanos (Nicarágua); Oscar Arias, Rafael Angel Calderón, Laura Chinchilla, José María Figueres e Miguel Angel Rodriguez (Costa Rica);Nicolás Ardito Barletta e Mireya Moscoso (Panamá); Belisario Betancur, Álvaro Uribe e Andrés Pastrana (Colômbia); Alfredo Cristiani (El Salvador), Fernando de la Rúa (Argentina), Vicente Fox (México), Luis Alberto Lacalle (Uruguai), Jorge Tuto Quiroga (Bolívia), Juan Carlos Wasmossy (Paraguai), Osvaldo Hurtado e Jamil Mahuad (Equador); e Eduardo Frei (Chile).

Com informações de El Nacional

Nenhum comentário:

Postar um comentário