quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Victório Galli diz que Temer 'apunhala conservadores pelas costas'

Deputado lamenta que dinheiro público volte a ser dado para promoção da causa LGBT

Victório Galli

Entre as muitas promessas feitas por Michel Temer quando assumiu a presidência, falava-se sobre cortar o repasse de verbas públicas para movimentos reconhecidamente de esquerda. Essa “tradição” dos governos de Lula e Dilma já custou muito aos cofres públicos.

Contudo, nas últimas semanas, voltaram a ser divulgadas ações do Palácio do Planalto que apenas dão continuidade à imposição da agenda LGBT. Através do Decreto nº 9.453, de 31 de julho de 2018,Temer convocou a “4º Conferência Nacional de Políticas Públicas de Direitos Humanos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – LGBT”.

Surpreendentemente, a bancada evangélica, antes tão combativa nessas questões, silenciou. O único deputado que veio a público se manifestar contrário foi Victório Galli (PSL/MT).

Através de nota oficial, ele lamenta que “este governo em grande parte, que foi bancado desde seu início, com o grosso do apoio conservador cristão” tenha assinado tal decreto.

“O governo Temer assinou compromisso com a política de gênero da ONU, no ano de 2016, a chamada Agenda 2030”. Ainda segundo Galli, “um governo que se disse apoiador dos conservadores cristãos agora os apunhala pelas costas e os joga na fogueira”.

Mesmo assim, o deputado mato-grossense tenta a derrubada do decreto pró-LGBT. “Em outras ocasiões o governo se comportou assim: ouviu educadamente os aliados, e manteve as medidas de gênero”, lamenta. Negando ser homofóbico, ressalta: “meu problema é com dinheiro público. Eles que banquem seus próprios eventos”.

Além de denunciar a decisão de Temer – com apoio da Secretaria Nacional de Cidadania e do Conselho Nacional de Combate à Discriminação – Victório Galli faz o alerta: “Estamos em época de eleição, os brasileiros precisam estar atentos para quem tenta parecer amigos dos conservadores, mas tem seu passado pintado de ‘vermelho’. Não podemos cometer o erro de esperar que eles abandonem os velhos hábitos”.

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