Hungria tem se destacado por suas posturas conservadoras, na contramão do “politicamente correto”
Imagem: Federalist
O governo da Hungria deixou de financiar e credenciar universidades para seus programas de mestrado e doutorado em “estudos de gênero”. A justificativa é que essa disciplina foi considerada “uma ideologia e não uma ciência”.
Para o vice-primeiro-ministro do país, Zsolt Semjén, o mercado de trabalho não exige dos graduandos esse tipo de conhecimento. “Ninguém quer contratar um especialista em gênero”, assegura.
O primeiro-ministro Viktor Orbán emitiu um decreto, em 12 de outubro, eliminando os estudos para os novos alunos de pós-graduação. Os estudantes que já estão matriculados poderão continuar, mas não haverá novas salas, confirmou o governo.
O chefe de gabinete do premiê, Gergely Gulyas, declarou recentemente que governo húngaro tem a opinião clara de que as pessoas nascem homens ou mulheres. “Conduzam suas vidas como acharem melhor, mas o Estado húngaro não quer gastar fundos públicos em educação relacionando esse tema”, acrescentou.
Oposição
A medida afetou as universidades Eötövs Lóránd, com sede em Budapeste, e a Universidade da Europa Central, fundada por George Soros, o bilionário húngaro que promove dessa agenda em todo o mundo.
Em março de 2017, o secretário de Estado da Educação, Bence Rétvári, assegurou que os “estudos de gênero, como o marxismo-leninismo, poderiam ser mais considerados como uma ideologia do que uma ciência, por isso é questionável se alcança o nível para o ensino universitário”.
Recentemente, a Bulgária e a Polônia também se posicionaram contra a ideologia de gênero. Os três países em questão estavam sendo pressionados pela União Europeia para aceitar o “modismo”.
Na ocasião, os juízes denunciaram o quanto esse tipo de ideologia era prejudicial, principalmente para o público feminino. “Se a sociedade já não diferencia o homem da mulher, a luta contra a violência às mulheres se torna impossível”, dizia o texto. Com informações
ACI