Vice-presidente vê possível crime à democracia
O vice-presidente, general Hamilton Mourão, comentou nesta sexta-feira (25) a decisão do deputado Jean Wyllys (PSOL/RJ) em abrir mão do mandato e sair do país. O parlamentar revelou que vem recebendo ameaças e temer pela sua vida, mas não deu detalhes.
O caso teve grande repercussão, inclusive fora do país. Para Mourão,”[Wyllys] é quem sabe qual é o grau confusão que ele está metido”. Contudo, o general vê um possível crime contra a democracia. “Eu acho que quem ameaça parlamentar está cometendo um crime contra a democracia, porque uma das coisas mais importantes é você ter sua opinião e ter liberdade para expressar sua opinião. Os parlamentares estão ali eleitos pelo voto, representam os cidadãos que votaram nele. Quer você goste, quer você não goste das ideias do cara, você ouve. Se gostou, bate palma. Se não gostou, paciência.”
Cauteloso, o vice diz que prefere esperar o desenvolvimento da situação. “Temos que aguardar quais são essas ameaças, porque ele falou de forma genérica. Quando a gente diz que está ameaçado tem que dizer por quem, como”, destacou.
Nas redes sociais multiplicam-se teorias sobre qual seria a motivação do psolista em sair do país. Muitos insitem em uma suposta ligação com o atentado contra Jair Bolsonaro durante a campanha eleitoral, cometido por um ex-filiado do PSOL.
Mourão, porém, frisou que “em nenhum momento apareceu alguma coisa que ligasse um com outro”. Usando uma expressão inglesa, encerrou: “Acho que isso aí é o wishful thinking, desejo que algo aconteça”.