Ao menos na maioria dos países civilizados, ninguém sairia às ruas com camisetas ostentando a suástica, sob risco de estar cometendo crime. Entretanto, não apenas o símbolo do nacional-socialismo de Hitler foi banido mundo afora, mas também o do comunismo,
o qual já matou mais de 100 milhões de pessoas.
Vejamos alguns países onde é crime utilizar a foice e o martelo cruzados ou a estrela vermelha, símbolos do comunismo e do socialismo.
Polônia - Na Polônia não é mais possível os jovens andarem com camisetas de Che Guevara, pois em 8 de junho de 2010 entrou em vigor a lei que proíbe a exibição dos símbolos comunistas. O país foi um dos que mais sofreu com o Comunismo. Os historiadores Andrzej Paczkowski e Karel Bartosek afirmam que entre 1948 e 1956, a etapa mais dura da repressão comunista, dezenas de milhar de pessoas perderam a vida, foram presas, enviadas a campos de trabalho, ou para a URSS. A Polônia recuperou sua independência no ano de 1991.
Lituânia - Em 2008 a antiga república soviética da Lituânia, hoje membro da União Europeia, criminalizou a exibição pública de símbolos comunistas e nazistas. Em 1939, a Lituânia foi vítima do pacto Molotov-Ribbentrop, entre a Rússia Soviética e a Alemanha nazista, levando a ocupação e sua incorporação à União Soviética em 1940. A Lituânia perdeu 780.000 cidadãos como resultado da ocupação comunista, incluindo 275,697 deportados ou condenados aos gulags. O país restaurou a sua independência em 11 de Março de 1990.
Geórgia - O parlamento da Geórgia baniu em 2011 o uso de símbolos nazistas e comunistas no país. Durante o domínio soviético, 1500 igrejas foram destruídas, milhares de inocentes foram mortos na Geórgia ou enviadas para os gulags, onde a maioria morreu. Entre essas pessoas estavam notáveis representantes da cultura georgiana, como o escritor M. Javakhishvili, os poetas T. Tabidze e P. Iashvili e o cientista-filólogo Gr. Tsereteli. A independência da Geórgia foi proclamada em 9 de abril de 1991, porém a data nacional é 26 de maio, quando foi eleito o primeiro presidente.
Moldávia - A Moldávia condenou em 2012 os crimes do regime que governou o país na época em que o território fazia parte da URSS e proibiu o uso de símbolos do comunismo. Em 1991 a Moldávia tornou-se um Estado independente, o que desencadeou conflitos militares. Na primeira metade, em 1992, fizeram 1000 mortos e 130.000 deslocados e refugiados, envolvendo as tropas russas que intervieram sob o pretexto de estarem a proteger a minoria russa. No ano seguinte, os moldavos recusam a proposta de reunificação com a Romênia.
Ucrânia - Agora a foice e o martelo são considerados tão nefastos quanto a suástica nazista. Na Ucrânia, em 2015, foi aprovada legislação para tornar o nazismo e o comunismo legalmente sinônimos. Em 2019, essa lei foi confirmada por um tribunal ucraniano.
O regime comunista, como o regime nazista, infligiu danos irreparáveis aos direitos humanos porque durante sua existência ele tinha total controle sobre a sociedade, promovia perseguições e repressões politicamente motivadas, violava suas obrigações internacionais e suas próprias constituições e leis", declarou a corte.
A decisão abre caminho para a remoção da maioria dos monumentos comunistas remanescentes com nomes soviéticos na Ucrânia. Também proíbe o uso de símbolos nazistas e comunistas.
Brasil - Uma proposta do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente da República, busca equiparar o comunismo ao nazismo.
Brasil já proibiu apologia ao comunismo várias vezes
A apologia ao comunismo foi proibida no Brasil em diferentes ocasiões. Partidos comunistas foram colocados na ilegalidade durante a ditadura de Getúlio Vargas, na gestão de Eurico Gaspar Dutra e também no regime militar que perdurou entre 1964 e 1985. As siglas passaram a operar sem restrições apenas após a redemocratização do Brasil. Atualmente, há dois partidos nacionais que levam o comunismo no nome: o PCdoB e o PCB. Outros, como PSOL, PCO e PSTU, embora não tenham o termo "comunista" em sua denominação, se identificam com ideais marxistas."
Fontes: