
Quebra de monopólio da entidade estudantil foi intenção do ministério quando criou medida
Ministro da Educação, Abraham Weintraub Foto: MEC/Gabriel Jabur
A criação da ID Estudantil, iniciativa do Ministério da Educação (MEC) que busca trazer mais agilidade e praticidade para os estudantes conseguirem o benefício da meia entrada através de uma carteira digital, trouxe queda para uma das maiores fontes da renda da União Nacional dos Estudantes (UNE).
Segundo reportagem do site Poder 360, em 2017, último ano com dados divulgados, a entidade havia arrecadado R$ 14,3 milhões, 80% deles apenas com a emissão de carteiras físicas para os estudantes. Já em 2019, a renda caiu para R$ 6,2 milhões, uma queda de 56% no faturamento.
Os números apontam exatamente o que já era a intenção do governo federal, através do MEC: acabar com o monopólio das entidades estudantis na emissão de carteiras. O próprio ministro Abraham Weintraub, quando anunciou o lançamento do serviço digital, já havia adiantado a intenção.
– Por que algumas pessoas são contra a carteirinha digital? Porque a UNE ganha R$ 500 milhões por ano fazendo isso. A gente vai quebrar mais uma das máfias do Brasil, tirar R$ 500 milhões das mãos da tigrada da UNE. Esse dinheiro vem do povo, que paga R$ 50 na carteirinha todo ano – declarou, na época.