
Premiê reafirmou que crise econômica será devastadora com a paralisação das atividades
Premiê do Paquistão Imran Khan Foto: Divulgação
O primeiro-ministro do Paquistão, Imran Khan, mencionou o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, nesta sexta-feira (3) ao criticar as medidas de isolamento adotadas em vários países para conter o avanço da pandemia do novo coronavírus.
– Veja, assim como disse o presidente Bolsonaro, do Brasil […] há o corona de um lado e a fome do outro. Como é que você pode dizer a uma pessoa faminta que fique em casa – afirmou Khan em entrevista coletiva.
Ele continuou, e defendeu que não se pode “trancafiar” as pessoas.
– É preciso achar um equilíbrio. […] Você não pode trancafiar 220 milhões de pessoas – acrescentou Khan, referindo-se ao número de habitantes de seu país.
Até agora, o Paquistão registra 2.458 casos da Covid-19, e 35 mortes causadas pela doença. Apesar das críticas do primeiro-ministro, o país segue adotando a quarentena para desacelerar a expansão do vírus.
No entanto, Khan reconhece a gravidade do coronavírus
– [O vírus] definitivamente representa uma ameaça para nós e precisamos tomar todas as precauções – disse o paquistanês.
Aproximadamente metade da população mundial encontra-se sob ordens para ficar em casa.
Bolsonaro voltou a criticar o fechamento de comércios e escolas nesta sexta-feira, dizendo que as medidas de quarentena adotadas por governadores e prefeitos terão impactos negativos na economia.
– Vai quebrar tudo … Não pode fechar dessa maneira, e atrás disso vem desemprego em massa, miséria, fome, vem violência – afirmou o presidente.
*Folhapress