Presidente afirmou que integrantes do partido sinalizaram sobre uma reconciliação
Presidente Jair Bolsonaro Foto: Marcos Corrêa/PR
Em transmissão ao vivo pelas redes sociais nesta quinta-feira (13), o presidente Jair Bolsonaro falou sobre as dificuldades de se criar um partido político no Brasil devido à burocracia e lamentou não poder “investir 100%” no Aliança Pelo Brasil. O presidente disse que já recebeu convites para ingressar em legendas e que alguns integrantes do PSL, seu antigo partido, sinalizaram com uma possibilidade de reconciliação.
Apesar de ter falado sobre a possibilidade de retornar ao PSL, Bolsonaro disse que não é nada certo e que ainda seria necessário passar por negociações antes.
– É difícil formar um partido. Não é impossível, mas é difícil. Burocracia enorme. Então eu não posso investir 100% no Aliança, que pese o esforço de muita gente pelo Brasil (…) Eu tenho que olhar outros partidos. Tenho recebido convites. Três partidos me convidaram para conversar, um foi o Roberto Jefferson [PTB] ao vivo. Tem mais dois partidos também. Já conversei com os presidentes desses dois outros partidos. Tem uma quarta hipótese, o PSL também, alguns sinalizaram de uma reconciliação. A gente bota as condições na mesa de reconciliar e eles botam de lá para cá também – afirmou.
Sobre o retorno de Bolsonaro, o presidente do PSL, deputado Luciano Bivar, afirmou ao jornalista Tales Faria, do Portal Uol, que por enquanto não há nenhuma negociação para que presidente volte à sigla.
– O que há é um grupo de deputados que está em contato com o partido para revisionar as punições, com o argumento de que, com a extinção da Aliança Pelo Brasil, perdeu-se o motivo de punibilidade (…) Isso não foi posto na mesa e não está sendo discutido. Mesmo porque estamos vinculados a um bloco independente. O PSL vota aquilo que é bom para o país. Isso faz com que haja alguma coincidência de ideias nas votações. Mas é só isso. Não há qualquer negociação – explicou.
Jair Bolsonaro deixou o PSL em novembro do ano passado após um atrito com Bivar motivado por denúncias sobre o uso de candidatos laranja na campanha eleitoral.