A presidente
Dilma Rousseff se irritou nesta sexta-feira, 14, com um protesto em
evento do Minha Casa Minha Vida, em Tocantins, e disse que os
manifestantes "nasceram em berço esplêndido" e "nunca ralaram". O evento
contava com um grupo de simpatizantes da presidente, que estava na
parte da frente do palanque, e um ruidoso grupo de pessoas com cartazes
contra a Copa do Mundo e reivindicando moradias.
Durante o
discurso da presidente, os manifestantes misturavam vaias, apitos e
ainda cantavam o hino nacional. Dilma acabou se irritando com o protesto
e fez uma exaltada defesa de sua política social, em especial, o Minha
Casa Minha Vida, programa que entregou nesta sexta 1.788 casas para
famílias carentes de Araguaína (TO). "Aqueles que não dão importância
para as pessoas que não têm casa própria é porque nasceram em berço
esplêndido e aqueles que não valorizam o cartão do Minha Casa Melhor é
porque nunca ralaram de sol a sol para comprar uma geladeira, um fogão e
uma cama", disse Dilma, sob aplausos de políticos do Estado e parte dos
moradores e sob vaias dos manifestantes.
A presidente
fez um discurso em tom político, repetindo um velho bordão do governo
Lula de que, no passado, as pessoas não podiam ter uma casa. Dilma ainda
lembrou que o ex-presidente Lula levou um Campus da Universidade
Federal de Tocantins para Araguaína.
Antes da
presidente falar, o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, deu o tom
da campanha do governo para promover a presidente. "Vossa Excelência faz
história porque a senhora se preocupou com as pessoas que mais precisam
e foi a presidente que mais fez casa e saneamento", disse o ministro,
ignorando a prática habitual de lembrar o ex-presidente Lula.
Dilma, durante o
evento, não respondeu ao governador do Tocantins, Siqueira Campos, que
em seu discurso reclamou do elevado preço da energia no Estado e da
falta de investimentos em usinas hidrelétricas e termelétricas.
O evento
ocorreu debaixo de uma tenda e, por pouco, não foi cancelado em razão da
intensa chuva que caiu à tarde no norte do Tocantins.
Leonêncio Nossa, enviado especial - Agência Estado
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