Ninguém mais aguenta a 'teoria bolivarianista' dando tiros nos próprios pés e querendo enfiar goela a baixo coisas que não condizem com a realidade dos povos>>>
Milhares de estudantes se mobilizaram na quinta-feira em Santiago do Chile para protestar e pedir a Michelle Bachelet e ao Congresso Nacional que as ruas sejam ouvidas na discussão da reforma educacional, a principal proposta da socialista ao se instalar no La Moneda em março passado.
Os protestos não tiveram a intensidade dos de 2011 —quando o movimento estudantil abalou o Governo de Sebastián Piñera e da classe política em geral—, mas a desta semana chama especialmente a atenção: uma das principais críticas feitas por diferentes setores à atual Administração é, justamente, o esforço de se relacionar com os estudantes e manter controladas as manifestações no início da reforma.
Os jovens, no entanto, pretendem mostrar sua força às autoridades toda vez que o Executivo, consciente das complexidades da proposta, quiser ter um respiro que ajude a organizar o confuso cenário.
A proposta de Bachelet é contraditória em sua origem, imatura e tem um fraco suporte intelectual e técnico, afirmam estudantes>>>
A pergunta é se Bachelet conseguirá levar adiante a reforma de seus sonhos durante seu mandato, que termina em março de 2018. Para o pesquisador José Joaquín Brunner, pesquisador e ex-ministro do Governo de Eduardo Frei Ruiz-Tagle, parece pouco provável: “Pensar que nesses quatro anos vamos avançar em todas as frentes é completamente ridículo”.
O pesquisador explica que o conjunto da reforma implica mudanças de grande magnitude, como a promessa de Bachelet de conquistar a gratuidade universal da educação superior em um prazo de seis anos, o que começaria a ser discutido no Congresso no segundo semestre. Para Brunner, trata-se de uma “proposta imatura, contraditória em sua origem e com fraco suporte intelectual e técnico”. Entre outras coisas, explica, porque 10% dos estudantes mais ricos receberiam 24% do gasto público. Em sua última coluna de El Mercurio, ele se perguntava:
“É possível e justa a gratuidade universal do ensino superior antes sequer de haver educação básica e média de qualidade e gratuita?”
Fonte: leia mais no El País