(Foto: AP)
Um líder do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) morreu nesta sexta-feira em um ataque aéreo da coalizão internacional na província de Deir ez Zor, no nordeste da Síria, disse à Agência Efe o diretor do Observatório Sírio de Direitos Humanos, Rami Abderrahman.
O ativista informou por telefone que, embora sua ONG ainda não tenha verificado o nome do morto, se trata de um alto comando do EI, árabe, "provavelmente iraquiano", que foi atacado pela aviação internacional quando saía de um quartel do grupo extremista.
"Os aviões estavam esperando por ele e bombardearam quando deixou uma das bases do EI em motocicleta", explicou Abderrahman.
Luta pode durar anos
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, afirmou nesta sexta-feira que a campanha militar contra o Estado Islâmico (EI), a organização extremista que controla partes do Iraque e da Síria, pode demorar anos.
"Esta será uma missão que vai durar não apenas meses, mas anos, mas eu acredito que temos que estar preparados para este compromisso", disse Cameron no Parlamento, que votará uma autorização para a participação do país nos bombardeios americanos contra o EI, apenas no Iraque no momento.
"Esta não é uma ameaça no outro extremo do mundo", disse Cameron.
"Se não for enfrentada, acabaremos enfrentando um califado às margens do Mediterrâneo, na fronteira com um membro da Otan, Turquia, e com uma determinação declarada e provada de atacar nosso país e nossa população".
"Isto não é uma fantasia, está acontecendo diante de nós e temos que enfrentar", completou.
EUA intensificam ataques
Os Estados Unidos realizaram ataques aéreos durante a noite e na madrugada desta quinta-feira contra instalações petrolíferas na Síria comandadas pelo grupo Estado Islâmico, matando quase 20 pessoas.
Os mais recentes ataques aconteceram no terceiro dia da campanha aérea liderada pelos Estados Unidos com o objetivo de destruir uma das principais fontes de renda dos militantes. Os Estados Unidos conduzem os ataques aéreos contra o grupo também no vizinho Iraque há mais de um mês.
Acredita-se que o Estado Islâmico controle 11 campos de petróleo no Iraque e na Síria e ganhe mais de US$ 3 milhões por dia com o contrabando, roubo e extorsão. Esses recursos permitem o rápido avanço do grupo pela Síria no Iraque, onde instituiu um califado, impôs uma dura versão da lei islâmica e massacra seus oponentes.
Pelo menos quatro instalações petrolíferas e três campos de petróleo foram atingidos nas proximidades da cidade de Mayadeen, na província de Deir el-Zor, segundo o Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, sediado em Londres.