Cúpula da Otan começa nesta quinta e vai discutir crise da Ucrânia.
Rússia tem dito que consideraria adesão da Ucrânia à Otan como ameaça.
Veículos militares queimam em rodovia de Berezove, leste da Ucrânia, nesta quinta-feira (4) (Foto: AP)
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, fez uma advertência à Oraganização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) para que não proponha adesão à Ucrânia durante a cúpula da aliança atlântica nesta quinta-feira (4) e disse para os Estados Unidos que não devem tentar impor sua vontade sobre a ex-república soviética.
Lavrov também exortou o governo em Kiev e os rebeldes pró-Rússia que combatem as forças ucranianas no leste da Ucrânia a apoiarem as iniciativas de paz delineadas pelo presidente russo, Vladimir Putin, e evitar "uma crise em grande escala" no coração da Europa.
Putin revelou o seu plano de sete pontos na quarta-feira, na véspera da cúpula da Otan, na qual a crise na Ucrânia será discutida.
"É justamente em um momento como este, quando surge a oportunidade de começar a resolver problemas específicos entre Kiev e as milícias, que alguns setores do governo de Kiev fazem exigências para que a Ucrânia deixe seu status não-alinhado e comece a entrar na Otan", disse Lavrov em conversações com a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa, entidade voltada para promoção de direitos e segurança.
"É uma flagrante tentativa de inviabilizar todos os esforços de iniciar um diálogo sobre a garantia da reconciliação nacional", afirmou.
A Rússia tem dito que vai considerar a adesão da Ucrânia à Otan como uma ameaça à sua segurança nacional.