Governo Federal e a Presidente da República, Dilma Rousseff, culpam a crise econômica internacional pelo péssimo desempenho das exportações brasileiras nos últimos 3 anos.
“A equipe econômica tentou lutar contra a desaceleração, usou todas as suas ferramentas fiscais, mas foi surpreendida no fim de 2014 por um déficit fiscal equivalente a 0,63% do Produto Interno Bruto (PIB), primeiro resultado negativo em 13 anos”, disse recentemente o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, diante de uma comissão do Senado.
Entretanto, em 2014 o Brasil perdeu espaço para outros países em quatro de seus cinco principais mercados consumidores, e com isso consolida a tendência negativa do saldo em balança comercial com China, Argentina, Japão e União Europeia, que representam juntos 60% de todas as exportações brasileiras.
As perdas nestes mercados estão acontecendo não por conta da crise econômica internacional, mas devido a outros países estarem conquistando o espaço do Brasil, especialmente na Argentina, caso mais dramático, onde a participação brasileira sofreu redução de 25%, enquanto a participação da China recuou apenas 5% e da América do Norte 4%.
Especialistas apontam que o problema não é da crise, mas sim estratégias erradas aplicadas pelo governo brasileiro nos últimos anos.
O setor público fechou 2014 com saldo negativo de 32,5 bilhões de reais, e governo fará o ajuste fiscal para reequilibrar as contas que ele mesmo estourou, assim aumentando impostos. O efeito colateral é fazer que o custo de vida da população e o custo da produção de bens e serviços se tornem mais caros, consequentemente o país perderá mercados no mundo, pois não terá como competir.
Outra questão é o enfraquecimento das relações comerciais com os vizinhos sul-americanos em detrimento de outros mercados, como o norte-americano, altamente competitivo, onde a participação brasileira tem aumentado, porém as relações com a Argentina, um tradicional parceiro, está em declínio, pois agora o país prioriza relações comerciais com a China.
O regime chinês quer deixar seu selo, “enquanto o ferro está quente”. Países latino-americanos estão experimentando a sua menor taxa de crescimento econômico desde 2009, de acordo com um relatório de 28 de janeiro de 2015, elaborado pelo Serviço de Pesquisa do Congresso americano, indicando que a situação ficará cada vez mais desfavorável para o Brasil.
Com informações de Alvaro Dias e Veja.