O manifesto petista e militante do 1º de Abril é um ensaio para enfrentarem os protestos do dia 12 de Abril contra o governo e que prometem levar o dobro de pessoas do que foi dia 15/03.
As primeiras ações em defesa da gestão Dilma Rousseff ocorrerão nesta terça-feira, no sindicato dos Bancários de São Paulo. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem participação prevista. Pode ser o primeiro discurso público do líder petista após as multitudinárias passeatas anti-PT e anti-Dilma em março.
“Precisamos enfrentar os flertes de alguns setores com o golpismo”, disse Rui Falcão, presidente do PT. Outras mobilizações estão previstas em várias cidades brasileiras para o 1º de abril, data escolhida em alusão ao golpe militar de 1964. “O que defendemos é democracia sempre mais, ditadura nunca mais”, reafirmou o dirigente petista. A ideia é contrapor os novos protestos que pedem a saída de Rousseff, mas o petista alertou: "Não estamos fazendo guerra de quem põe mais gente na rua”.
O maior dos atos anti-Dilma está previsto para o próximo dia 12. No fim de semana, o Vem Pra Rua, um dos grupos que convocaram as marchas de 15 de março e as novas do mês que vem, anunciou que estuda apoiar um pedido de impeachment da presidente. Até então, eles eram os mais moderados dos organizadores e diziam não haver razão para impugnação do mandato.
SE FAZENDO DE VÍTIMAS PERSEGUIDAS
Diante de uma das maiores crises desde a sua criação há 35 anos, o Partido dos Trabalhadores (PT) divulgou nesta segunda-feira um manifesto no qual defende que a agremiação se afaste do “pragmatismo pernicioso” no qual está envolvido há 12 anos e que os militantes e o Governo não deem trégua ao “cretinismo parlamentar”, sem maiores explicações sobre quem seriam os destinatários dessa mensagem no Congresso. O documento foi assinado por 27 representantes estaduais do PT e divulgado logo após uma reunião extraordinária feita especificamente para discutir como reagir à ofensiva de críticos e opositores contra o Governo Dilma Rousseff e contra a sigla. O encontro teve a participação do principal líder petista, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que não falou com a imprensa. (Informações de El País)