Brasília (DF) - A psicóloga falou com exclusividade ao Portal Guiame e relatou momentos do julgamento, em Brasília (DF). O resultado do julgamento da psicóloga Marisa Lobo na manhã desta sexta-feira (22) pode ter representado uma perda para o movimento LGBTT, segundo a própria afirmou à saída da sede Conselho Federal de Psicologia, em Brasília (DF). Após ouvir a psicóloga e a advogada Damares Alves (foto / à direita) - que representou o escritório de advocacia Kfouri na defesa da psicóloga cristã - o Conselho optou pelo bom senso e decidiu não cassar o registro profissional de Marisa.
Logo após a leitura do relatório inicial sobre o caso, Damares tratou de também se identificar como uma profissional cristã.
"Queria dizer aos senhores que sou uma advogada 'terrivelmente' cristã", disse a jurista, afirmando que não se contentaria em ver a cassação de Marisa Lobo e destacou que as denúncias contra a psicóloga tipificavam um exemplo de perseguição religiosa.
Falando com exclusividade ao Portal Guiame, a psicóloga que foi julgada por declarar publicamente a sua fé cristã em seus perfis das mídias sociais destacou que "nem mesmo os grupos que registraram suas acusações / representações contra ela compareceram ao julgamento nesta manhã".
"Dos 17 que me acusaram, nenhum deles compareceu ao julgamento", relatou.
Ao que tudo indica, as manifestações de solidariedade à Marisa Lobo foi maior que as acusações contra a psicóloga. Exemplo disto é que ela contou com o apoio de Silas Malafaia, Marco Feliciano e o senador Magno Malta - como é possível conferir, clicando
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Ao receber o direito à palavra, Marisa também tratou de reafirmar sua fé e os seus conceitos profissionais, que têm sido frequentemente contestados pelo Conselho Regional de Psicologia e pelo movimento LGBTT.
"Eu sou psicóloga e cristã! Eu não nego a minha fé! Também quero afirmar que nunca 'curei gay', nunca tratei a homossexualidade como 'doença' ou com qualquer outro tipo de preconceito. Também afirmo que ex-homossexuais existem. Isto não é objeto de ocupação minha. Eu, apenas, como psicóloga especializada em Direitos Humanos dou o direito ao sujeito, dele existir da maneira que ele próprio desejar", declarou.
"A luta continua"
Apesar da conquista, o processo ainda continua e Marisa Lobo afirmou que irá processar o Conselho Regional de Psicologia do Paraná.
"Vou processa-los [CRP-PR] por todas as humilhações, perseguições, por eles terem destruído a minha profissão no mundo secular", disse.