[...] Que tal, também distribuir cartilhas mostrando que o Mensalão, o Petrolão e o BNDES-salão é crime, que é feio ir preso como os petistas e políticos de outros partidos, que é errado a presidente Dilma e o ex-presidente Lula fingirem que não sabiam de nada, enquanto roubavam a Petrobras? Que é errado um representante do povo, como deputado, assistir filme pornô durante o horário de serviço? Que é errado tirar dinheiro do próprio povo para sustentar bandidos, ditadores e outros malfeitores em outros países? Também há muitas coisas que poderiam ser ensinadas para as crianças desde cedo, na casa e nas escolas, não acham? [...]
**Uma polêmica: a prefeitura de Guarulhos está distribuindo livros escolares para que que as crianças discutam desde cedo questões como preconceito e a igualdade entre homens e mulheres. O problema é que muita gente não gostou nada de como os livros estão tratando do assunto.
É o assunto na cidade. Alguns defendem, outros dizem que as discussões na sala de aula podem influenciar as escolhas dos alunos. E a polêmica foi parar na Câmara dos Vereadores, em uma sessão acalorada.
Um livro infantil conta a história de um grupo de meninos que quer formar um time de futebol. Mas ainda falta encontrar um jogador. É quando Fernanda se oferece para completar a equipe. Os meninos relutam em deixar ela jogar. Depois de muita insistência, Fernanda entra em campo e dá um show.
Já em um outro, Ceci quer um bebê, a personagem dá detalhes sobre uma gravidez. Para professora Marília Moreno Lima de Oliveira, a leitura é ideal para crianças. “Ele aborda sobre questões de gravidez e tal mas no sentido do imaginário infantil. Está mostrando as fantasias que eles criam quando uma pessoa está gravida. Porque na verdade, a mãe dela está gravida. E é normal da criança, quando algum familiar está nesse momento, fazer esse tipo de fantasia, de pensar como que é, como que faz na barriga e como que faz essas coisas do desejo e tal”, explica.
Os livros podem ser lidos por alunos de até 11 anos das 139 escolas municipais de Guarulhos, na Grande São Paulo. As edições são entregues às crianças, geralmente, às sextas-feiras, para que elas possam fazer a leitura junto com os pais no fim de semana.
Segundo a prefeitura, o objetivo dos livros é orientar as crianças sobre os princípios básicos da educação sexual. E educá-las contra o preconceito, a homofobia. Mas a iniciativa está gerando discussão na cidade. Já foi assunto de uma sessão na Câmara Municipal, no dia 20 de maio deste ano, que contou com representantes de vários segmentos e foi tumultuada.
O presidente da comissão de Direitos Humanos da Câmara de Guarulhos acredita que os livros podem influenciar, de alguma forma, na orientação sexual das crianças. E defende a retirada do material das escolas.
“É uma situação que pode levar as crianças a se desviarem da vida que é o correto homem e mulher, casamento e seguir a sua vida em frente. Não já querer ter uma tendência à homossexualidade. Como eu disse, nós não somos contra os homossexuais. Não somos homofóbicos. O que nós queremos é que a família cuide dessa parte. E não o município ou o estado”, afirma o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal de Guarulhos.
“Os livros que estão causando essa polemica eles falam da igualdade de gênero, que a gente quer trabalhar isso com as crianças, que a gente possa ter uma geração de pessoas que não sejam preconceituosas e que entendam a igualdade de gênero como uma coisa positiva na nossa sociedade, para gente poder acabar com essa coisa estereotipada e de dominação sexista, porque essas falas são muito recorrentes nas escolas”, afirma a diretora do Departamento de Orientações Educacionais da secretaria municipal de Educação, Sandra Soria.
Pais de alunos também têm opiniões diferentes. “Acho que essa educação sexual deveria vir dos pais, da família. Em si, a criança de 7 anos ela não tem que decidir o que ela quer ser, o que ela vai fazer”, afirma Michele Nunes de Souza, mãe de aluno.
“O pessoal fica botando um preconceito onde não há. Onde na verdade, nós temos que trazer as nossas crianças a entender bem o que é a vida na realidade”, diz Roberto França da Silva, pai de aluno.
A secretaria de Educação de Guarulhos disse que uma equipe pedagógica analisa os livros antes que eles sejam distribuídos para saber se o conteúdo é realmente apropriado para ser debatido em sala de aula. **(Com informações de Bom Dia Brasil - Vídeo)