Novamente Dilma, através de seus defensores, faz prova contra si mesma. Quem não se lembra do perito que o governo Dilma chamou para tentar desqualificar gravações coletadas pela justiça, e que confirmou a veracidade delas.
Não só as pedaladas fiscais ocorreram, como os créditos suplementares contaram com ações direta da presidente afastada
A chicana era mais uma das manobras da defesa da presidente afastada: exigir que uma perícia fosse feita em cima das provas levantadas pela Tribuna de Contas da União e pela comissão do impeachment. Negada pelos senadores, a revisão seria garantida por Ricardo Lewandowski, presidente do STF que arbitra o julgamento da petista, mesmo tendo sido nomeado pelo PT – no caso, por Lula – logo após o estouro do Mensalão, em 2005.
A perícia também confirma que as pedaladas (fraudes) fiscais aconteceram, ainda que não tenha conseguido identificar uma ação direta da presidente na operação de crédito. E a imprensa – com o perdão da redundância – esquerdista comemora o detalhe. Ora… Tal operação se concretizava no não repasse dos bilhões que o Tesouro devia aos bancos estatais. Logo, era necessária uma “não-ação”, ou o simples fingimento de que a dívida não existia para se seguir gastando em ano eleitoral – como de fato aconteceu.
De certo, dará mais uma canseira. A esquerda gritará que as pedaladas não ocorreram, que o golpe foi confirmado pela perícia. É justamente essa “narrativa” que os defensores do impeachment devem combater. Os crimes ocorreram. Mesmo a perícia exigida pela defesa de Dilma os confirma.