O grupo terrorista tem usado métodos como este na execução de cristãos - os quais são chamados pelos extremistas de "infiéis". As imagens são fortes.
Homem chora ao saber da morte de seus dois filhos, em Alleppo, Síria. (Foto: Reuters)
O grupo terrorista Estado Islâmico executou e crucificou um homem na província de Aleppo, norte da Síria, diante de centenas de moradores, acusando-o de apostasia, após ele se recusar a participar de um momento de orações em uma mesquita, de acordo com relatórios locais.
A vítima era um homem de 28 anos de idade, identificado como Hussein Muhammad, que foi preso pela chamada 'polícia religiosa' do Estado Islâmico, na cidade de al-Bab antes de ser condenado por um tribunal especializado em aplicar a lei Sharia, de acordo com a o site do Oriente Médio, 'ARA News'.
"O juiz decidiu executar e crucificar o homem em público, alegando que ele era um apóstata, que se recusou a cumprir com deveres da lei Sharia e violou as leis básicas do Califado", informou uma fonte anônima citada pelo jornal .
Muhammad foi primeiramente executado a tiros na quinta-feira (28) e depois seu corpo foi pendurado em um poste de energia elétrica para todo mundo ver.
"O corpo da vítima permaneceu exposto por três dias e o Estado Islâmico avisou que quem tentasse tirar o corpo dali seria 'impiedosamente castigado", informou um ativista.
Homem é pendurado em poste, após ser executado por cometer 'crime de apostasia', segundo tribunal de lei Sharia, em Alleppo. (Foto: ARA News)
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos com sede em Londres diz que documentou mais de 2.353 execuções de civis sírios durante 25 meses, desde que o grupo terrorista declarou a instauração de seu califado.
O Estado Islâmico - também conhecido como 'ISIS', 'ISIL' ou 'Daesh' - é uma ramificação da Al Qaeda e quer estabelecer um califado (governo islâmico unificado) a partir da chamada 'região do Levante'.
Apesar de o grupo terrorista sunita estar perdendo território no Iraque e na Síria, ele ainda tem cerca de 18.000 a 22.000 combatentes nessas áreas.
Somente por parte dos Estados Unidos, cerca de 13.000 ataques aéreos por parte da coalizão internacional já foram executados nas áreas dominadas pelo Estado Islâmico, de acordo com o diretor da CIA, John Brennan.
O grupo terrorista utiliza métodos brutais para torturar e punir aqueles que considera serem seus inimigos, incluindo os muçulmanos que não acreditam na sua visão do islamismo. No entanto, os cristãos e outras minorias religiosas (como os Yazidis) estão entre seus principais alvos.