domingo, 4 de dezembro de 2016

Em 11 Estados e no DF, povo vai às ruas protestar contra a corrupção



















Contrários às mudanças feitas pelos parlamentares no pacote anticorrupção proposto pelo MPF, os manifestantes defendem a Operação Lava Jato

Milhares de brasileiros foram às ruas neste domingo (4/12) para protestar contra o pacote anticorrupção aprovado pela Câmara dos Deputados na madrugada da última quarta-feira (30/11) com várias alterações do texto original.

Contrários às mudanças feitas pelos parlamentares, os manifestantes defenderam a Operação Lava Jato e cobraram punições rigorosas para crimes de corrupção. Os atos começaram pela manhã em pelo menos 11 estados e no Distrito Federal. Em algumas cidades, os protestos ainda estão ocorrendo.

As manifestações foram organizadas pelas redes sociais por diversoa movimentos. Os brasileiros começaram a ir às ruas por volta das 10h.

Em Brasília, ratos de papel e chuva

Na capital do país, segundo a Polícia Militar, 5 mil pessoas compareceram à Esplanada dos Ministérios. A organização estima que o número chegou a 10 mil. O grupo colocou ratos de papel dentro do espelho d’água do Congresso Nacional. O ato começou de manhã e chegou ao fim por volta das 12h15, quando uma chuva caiu sobre a cidade.

No Rio de Janeiro, a Orla de Copacabana ficou lotada de brasileiros vestidos de verde e amarelo e com cartazes contra políticos e a favor da Lava Jato. Até esta publicação, a Polícia Militar não havia divulgado estimativa de público.

Em São Paulo, os manifestantes começaram a concentração na Avenida Paulista no começo da tarde. Com gritos de “Viva Sérgio Moro” e “Lula na cadeia”, o grupo se reúne em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp). Também foram registrados atos no Paraná, em Goiás, em Pernambuco, na Bahia, em Minas Gerais, no Amazonas, em Alagoas, no Pará e no Espírito Santo.

A resposta dos políticos

O senador Renan Calheiros afirmou que as manifestações são legítimas e ressaltou, por meio de nota, que, em menos de 20 dias, os senadores votaram 40 propostas contra a corrupção. Já o senador Roberto Requião, criticou os protestos. Em sua conta no Twitter, afirmou que nos protestos estão presentes “movimentos de mentecaptos manipuláveis”.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, divulgou uma nota em que afirma que “manifestações desse tipo, servem para oxigenar nossa jovem democracia e fortalecem o compromisso do Poder Legislativo com o debate democrático e transparente de ideias”, escreveu.

Já o presidente Michel Temmer não havia se manifestado sobre os protestos até as 17h do domingo. Em sua conta no Twitter, o presidente publicou linhas de pesar pela morte do poeta e escritor Ferreira Gullar, mas ignorou o movimento que ocorria em todo o país.

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