sábado, 3 de dezembro de 2016

PF avalia em R$ 2 milhões joias apreendidas no apartamento de Sérgio Cabral

Todas foram adquiridos em dinheiro e sem nota fiscal as joalherias H.Stern e Antonio Bernardo, segundo a investigação

A Polícia Federal avaliou em mais de R$ 2 milhões as 40 joias apreendidas no apartamento do ex-governador Sérgio Cabral, no último mês. Todos os brincos, colares e relógios foram adquiridos em dinheiro e sem nota fiscal, segundo a investigação. A avaliação integra o laudo de inquérito da Operação Calicute, entregue ao Ministério Público Federal (MPF).

De acordo com a polícia, os peritos fizeram o cruzamento entre as joias apreendidas no apartamento do ex-governador e as notas fiscais apresentadas pelas joalherias H.Stern e Antonio Bernardo para saber de onde são as peças.

As duas joalherias apresentaram R$ 7,1 milhões em notas fiscais de compras realizadas pelo casal Cabral a partir de 2007, ano em que Sérgio Cabral assumiu o governo do RJ.

Em depoimento, a diretora comercial da H.Stern, Maria Luiza Trotta disse que “chegou a vender joias no valor de até R$ 100 mil a Sérgio Cabral, tais como anéis de brilhante ou outros tipos de pedras preciosas, sendo o pagamento ainda que em tais quantias realizado em dinheiro”. Nas notas fiscais, entregue pela joalheria à PF, um dia após a operação Calicute, mostra que o valor das joias está acima do declarado pela diretora.

Na lista entregue pela H.Stern, há informações de que o ex-governador adquiriu um anel de ouro branco de 18 quilates, com esmeralda, avaliado em R$ 342 mil; além de um colar denominado Blue Paradise, no valor de R$ 229 mil. Em seu depoimento, Sérgio Cabral disse “não se recordar desta compra”.

Operação Cauculite

A Polícia Federal no Rio de Janeiro divulgou, nesta quarta-feira (23/11), fotos e vídeos das quase 300 peças de joias apreendidas no apartamento do ex-governador Sérgio Cabral, no Leblon, zona sul do Rio, durante a Operação Calicute, desencadeada na última quinta-feira (17/11). Também foram apreendidas peças na casa de outros membros do grupo investigado na operação. O objetivo da ação é investigar desvio de recursos públicos federais em obras realizadas pelo governo do estado do Rio de Janeiro. O prejuízo estimado é superior a R$ 220 milhões.

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