O ex-ministro Antonio Palocci será interrogado pelo juiz federal Sérgio Moro, nesta quinta-feira (20), em ação penal da Lava Jato que apura se ele recebeu propina para atuar a favor da Odebrecht.
Investigação da Lava Jato apura se ex-ministro recebeu propina da Odebrecht. Segundo denúncia, dinheiro seria para atuar a favor da empreiteira entre 2006 e 2013
Moro, que é responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância, ouve também o ex-assessor de Palocci, Branislav Kontic, a partir das 10h, na sede da Justiça Federal do Paraná, em Curitiba. Os dois são acusados dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro na ação.
Temor de delação
O movimento de Antonio Palocci em direção a um acordo com o Ministério Público está levando parlamentares do PT à loucura, segundo nota da coluna Radar de ‘Veja’. Não só pelo que o ex-ministro estaria disposto a contar.
Eles temem que, ao ver o sujeito que dava-lhe as ordens falando com os procuradores, João Vaccari Neto também decida procurar o caminho da delação premiada.
A acusação
O processo apura se Palocci recebeu propina para atuar em favor do Grupo Odebrecht, entre 2006 e o final de 2013, interferindo em decisões tomadas pelo governo federal. Segundo a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), o ex-ministro também teria participado de conversas sobre a compra de um terreno para a sede do Instituto Lula, que foi feita pela Odebrecht, conforme as denúncias.
A denúncia trata de pagamentos feitos para beneficiar a empresa SeteBrasil, que fechou contratos com a Petrobras para a construção de 21 sondas de perfuração no pré-sal. O caso foi delatado pelo ex-gerente de Serviços da Petrobras, Pedro Barusco.
As investigações mostram que o valor pago pela Odebrecht a título de propina pela intermediação do negócio chegou a R$ 252.586.466,55. Esse valor foi dividido entre as pessoas que aparecem na denúncia. Em troca disso, a empresa firmou contratos que, somados, chegaram a R$ 28 bilhões.
Fonte: Veja e G1