
Por Lizzie Dearden & Elsa Vulliamy [*]
O
incesto entre irmãos e necrofilia deve ser legalizado, argumentou uma ala do Partido Popular Liberal
Sueco.
A filial de Estocolmo da ala da juventude do partido (LUF) votou sobre a moção polêmica em sua reunião anual no domingo.
Ela solicitou a revogação de várias leis para legalizar o sexo consensual entre irmãos e irmãs com mais de 15 anos de idade, além de permitir que as pessoas “cedam” seus corpos para relações sexuais após a morte, sem risco de processo para o perpetrador.
Cecilia Johnsson, presidente da LUF Estocolmo, disse ao
Aftonbladet que a legislação anti-incesto se tornou uma “lei moralista” e acrescenta: “Essas leis não protegem ninguém agora”.
“Eu entendo que [o incesto] pode ser considerado incomum e nojento, mas a lei não pode ser baseada no fato de ser nojento”.
O LUF também votou para apoiar a legalização de atos sexuais com um cadáver, desde que a pessoa tenha consentido enquanto viva.
A Sra. Johnsson disse: “Você deve decidir o que acontece com seu corpo depois de morrer, e se acontecer de alguém querer ceder seu corpo para um museu ou para pesquisa, ou se quiser deixar para alguém por sexo, então não deveria haver problemas”.
No entanto, o diretório central do Partido Liberal do Povo discordou, com o porta-voz Adam Alfredsson dizendo à
Expressen que as propostas eram “de forma alguma endossadas pelo Partido”.
“O incesto é e deve permanecer ilegal”, acrescentou. “Nós achamos que continuará sendo ilegal usar o corpo de um homem morto de uma maneira [sexual]”.
Enquanto isso, um ex-deputado liberal sueco, Carl B. Hamilton, foi ao Facebook para descartar as propostas da ala juvenil como um golpe de publicidade inventado por “imbecis”.
O Independent contatou a Sra. Johnsson para obter uma resposta. Não é a primeira vez que propostas similares foram apresentadas na Europa.
O conselho argumentou que o risco de defeitos em crianças não era suficiente para justificar uma lei que colocasse os casais em “situações trágicas”, e que a descriminalização do incesto não incentivaria a propagação de uma prática “muito rara”.
“A maioria do Conselho de Ética Alemão é de opinião que não é apropriado que uma lei penal preserve um tabu social”, diz um comunicado.
Uma porta-voz do partido CDU de Angela Merkel descartou a possibilidade de abolir a punição criminal na época.
Tradução: Cássia H.
Revisão: dvgurjao