Exposição do Instituto Goethe traz imagens consideradas blasfemas
Pintura do Cristo decapitado
Está em exibição no renomado Instituto Goethe, de Porto Alegre, a exposição de arte “Pixo/Grafite: Realidades Paralelas”. Entre as obras assinadas por Rafael Augustaitiz e Amaro Abreu, uma delas está causado grande polêmica.
Segundo o site do Goethe, o objetivo do evento é “expor face a face trabalhos que se fundamentam em diferentes concepções sobre o modo de intervenção no espaço urbano e arquitetônico”.
O curador da exposição, Laymert Garcia dos Santos, diz que “Sob a ótica do apocalipse, do 666, signo da Besta, do pentagrama de ponta-cabeça, procura-se instaurar a metrópole do mal, em resposta à banalidade da injustiça e da desigualdade estabelecidas”.
Além do pentagrama, visto em quadro no interior do Instituto, no muro externo há uma pintura representando Jesus Cristo com a cabeça decapitada em cima de uma bandeja. Para muitos moradores da cidade e pessoas que tomaram conhecimento da imagem pela internet, trata-se de blasfêmia com nome de “arte”.
Alguns comentários na página do Instituto Goethe, chamam a exposição de “satanismo”. No
perfil do autor, há várias imagens que, de fato, aludem ao satanismo. Em um dos textos, Rafael diz: “”Eu sou o anjo do inferno que chegou para lhe buscar”.
Pixo 666
A resposta do Goethe foi uma
nota onde reclama das “mensagens de ódio” por causa da imagem de Jesus decapitado, alegando que “Em nenhum momento foi intenção do projeto ou do Instituto ofender sentimentos religiosos. Respeitamos todas as crenças, manifestações e liberdade de expressão”. Como esse “respeito” não se traduz em ações concretas, a exposição continuará sendo realizada no local.