Seis igrejas foram fechadas somente no mês de outubro e o Partido Comunista insiste em adequar todas as igrejas aos seus padrões ideológicos.
China tem perseguido igrejas que não estão ligadas ao Partido Comunista. (Foto: Portas Abertas)
Desde o início de outubro deste ano, seis igrejas foram fechadas no sudoeste da China, por serem consideradas "ilegais" pelo partido comunista do país.
"Igrejas da região que não são registradas estão sendo pressionadas pelas autoridades a se unir à igreja sancionada pelo governo, o Movimento Patriótico das Três Naturezas”, diz a organização de direitos humanos Christian Solidarity Worldwide (CSW).
Além dos fechamentos das seis igrejas, outras estão tendo suas cruzes retiradas de seus telhados. No dia 11 de outubro, um templo cristão teve sua cruz derrubada, por não ser reconhecida pelo governo, reportou a CSW, que também postou um vídeo mostrando uma cruz sendo retirada de uma igreja na província de Henan.
Em outro caso, uma semana antes, oficiais do órgão comunista que fiscaliza as atividades religiosas na China também derrubaram a cruz de outra igreja, em Zhumadian, porque alegaram que o símbolo “estava muito visível”.
Oficiais comunistas também ameaçaram mais de 300 membros de diferentes igrejas, o que resultou na perda de metade da membresia das congregações. Desde a introdução da revisão do regulamento religioso em fevereiro, a pressão sobre as igrejas chinesas só tem aumentado.
Repressão
Enquanto isso, em Hubei, pastores foram 'convidados' a participar de uma reunião que visava "reeducá-los" sobre o novo formato que uma “igreja independente” deve ter, seguindo o padrão comunista.
Segundo um líder cristão local, o objetivo do governo chinês já está claro: eliminar todas as religiões do país.
"O objetivo final do governo é eliminar todas as religiões, sem exceção", destacou.
Atualmente, a China ocupa a 43ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2018 da Portas Abertas.