Ex-ministra do PT diz que Bolsonaro prega "ódio contra as minorias" e o chama de "pior risco iminente"
Marina Silva a comunista
Contrariando o discurso que manteve ao longo do primeiro turno, Marina Silva, que concorreu pela Rede este ano, declarou apoio a
Fernando Haddad (PT) nesta segunda-feira (22). Ex-senadora do Acre pelo Partido dos Trabalhadores, também foi ministra do Meio Ambiente no primeiro governo de Lula, enquanto o presidenciável era Ministro da Educação.
Em 2014, Marina teve sua imagem atacada e “desconstruída” pela campanha de Dilma Rousseff e havia anunciado que não se alinharia mais ao seu ex-partido. No início da corrida eleitoral deste ano chegou a comparar Haddad com Dilma e apontou
os “perigos” de um mero indicado, levar o Brasil para um
“poço sem fundo”.
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Contudo, diante da possibilidade real de
Jair Bolsonaro (PSL) ser eleito no domingo (28), conforme indicam as pesquisas, ela decidiu seguir Ciro Gomes (PDT) e declarar “apoio crítico”. O termo é um tanto vago e ela não explicou o que pensa, especialmente porque seu partido tem apenas um deputado federal e poderá se extinguir por não ter ultrapassado a cláusula de desempenho.
Após o primeiro turno, a Rede Sustentabilidade recomendou aos filiados que não votem em Jair Bolsonaro (PSL), mas não manifestou apoio a Haddad.
Na nota desta segunda-feira, Marina justificou seu voto em Haddad porque o petista “não prega a extinção dos direitos”, nem a repressão aos movimentos.
“É um engano pensar que a invocação ao nome de Deus pela campanha de Bolsonaro tem o objetivo de fazer o sistema político retornar aos fundamentos éticos orientados pela fé cristã que são tão presentes em toda a cultura ocidental. A pregação de ódio contra as minorias frágeis, a opção por um sistema econômico que nega direitos e um sistema social que premia a injustiça, faz da campanha de Bolsonaro um passo adiante na degradação da natureza, da coesão social e da civilização”, enfatiza a nota assinada por ela.