Regime ditatorial comunista diz que condições impostas pelo presidente eleito são "inaceitáveis".
Programa Mais Médicos
O governo cubano anunciou nesta quarta-feira (14) que vai se retirar do Programa Mais Médicos. Isso pode significar o retorno imediato de 10 mil supostos profissionais de saúde ao país caribenho.
Em nota oficial, Cuba diz que as condições impostas pelo futuro governo de Jair Bolsonaro são “ameaçadoras e depreciativas”. O presidente eleito afirmou que iria condicionar a permanência do médicos cubanos à validação do diploma e colocou como única via a contratação individual.
Isso significaria o fim dos repasses de milhões de dólares ao regime ditatorial comunista, o que os líderes cubanos dizem ser modificações “inaceitáveis”.
O Ministério da Saúde Pública de Cuba disse que o fim do programa “Mais Médicos” foi comunicado ao governo brasileiro.
Bolsonaro já havia dito que pretendia romper com Cuba, país que tem uma dívida bilionária com o Brasil e não vem pagando os empréstimos feitos pelo BNDES durante os governos petistas. Pelas rede sociais, o futuro presidente se manifestou, lembrando que o governo cubano “explora seus cidadãos” e que pretendia pagar “salário integral” aos profissionais que se qualificassem para continuar no país.
Condicionamos à continuidade do programa Mais Médicos a aplicação de teste de capacidade, salário integral aos profissionais cubanos, hoje maior parte destinados à ditadura, e a liberdade para trazerem suas famílias. Infelizmente, Cuba não aceitou.
Além de explorar seus cidadãos ao não pagar integralmente os salários dos profissionais, a ditadura cubana demonstra grande irresponsabilidade ao desconsiderar os impactos negativos na vida e na saúde dos brasileiros e na integridade dos cubanos.
Repasse bilionário
No ano passado veio a público uma planilha do Ministério da Saúde, mostrando que o governo brasileiro gastou R$ 5,7 bilhões em quatro anos com o Programa Mais Médicos. O acordo firmado durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff, previa o repasse da “bolsa-formação”, o nome que se dá ao “salário” dos médicos. Assim, o governo cubano embolsava 75% do valor pago pelo governo brasileiro, isso significa que algo em torno de R$ 3,2 bilhões foram parar nos cofres do regime ditatorial.
O Tribunal de Conta da União indica que os quase R$ 6 bilhões gastos no Mais Médicos são suficientes para formar 52.413 novos médicos brasileiros para serviço permanente, além de construir 14.068 unidades básicas de saúde (UBS), o equivalente a quase três UBS por cidade.