Grupos se formaram a partir de 2016, quando a polarização política começou a ficar mais evidente no país
UFPR. (Foto: Henry Milleo)
As principais universidades do país já começam a ter grupos de estudantes conservadores, ambientes que por seis décadas foram tomados por universitários de esquerda começam a viver uma renovação.
Instituições como Universidade de São Paulo (USP), de Campinas (Unicamp), Federal do Paraná (UFPR) e Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Universidade Federal de Alfenas (Unifal) e a Universidade Estadual de Londrina (UEL) já contam com grupos organizados de estudantes declaradamente de conservador/direita, tanto conservadores, quanto liberais.
Os estudantes de direita sempre existiram, mas viviam no ostracismo como lembra o professor do Instituto de Filosofia da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Dennys Xavier. Com a polarização política após a crise econômica do segundo governo de Dilma Rousseff, esses grupos passaram a ganhar novos integrantes.
“Os grupos de direita sempre existiram em algum grau de organização, mas ainda estavam engatinhando dentro das universidades e no ostracismo. As eleições catalisaram isso e as redes sociais tiveram papel fundamental porque com elas aqueles que pensavam pela liberdade e direita viram que não estavam sozinhos”, diz o professor em entrevista ao jornal Gazeta do Povo.
Na UFPR um grupo de 60 estudantes formam o UFPR Livre, para entrar é preciso passar por um processo seletivo para que a diretoria saiba se o candidato está alinhado com os “fins, princípios e valores” do grupo, como apurou o jornal.
Desde 2016 existe a Unifal Livre, um grupo de direitistas que nasceu após uma greve promovida pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE). O movimento grevista impediu estudantes de assistirem às aulas e assim os estudantes alinhados ao eixo centro-direita da política, entre eles liberais e libertários, acabaram se unindo contra a greve.