
Para o presidente, não é possível aumentar impostos no Brasil
Presidente Jair Bolsonaro ao chegar na Índia
Nesta sexta-feira (24), o presidente Jair Bolsonaro descartou uma possível proposta do Ministério da Economia para a criação de um tributo sobre o cigarro, bebidas alcoólicas e produtos com açúcar. A ideia havia sido levantada pelo ministro Paulo Guedes nesta quinta-feira (23).
Bolsonaro falou sobre o assunto assim que desembarcou em Nova Déli, na Índia. Para o presidente, não é possível aumentar a carga tributária no Brasil.
– Está descartado. Ô Paulo Guedes, você é meu ministro, te sigo 99%, mas aumento de imposto para a cerveja, não. Não tem como aumentar mais a carga tributária do Brasil. A nossa política, a orientação, não teremos qualquer majoração da carga tributária – ressaltou.
Guedes falou sobre sobre estudos para um novo tributo durante o Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça. Ele explicou que pediu simulações à sua equipe econômica para o chamado “imposto do pecado”.
– Pedi [à equipe] simulações para, dentro da discussão dos impostos seletivos, agrupar o que os acadêmicos chamam de impostos sobre pecados: cigarro, bebida alcoólica e açucarados. Deram esse nome porque, por exemplo, se o cara que fuma muito vai ter câncer de pulmão, tuberculose, enfisema e, lá na frente, vai ter de gastar com o tratamento, entrar no sistema de saúde. Então coloca um imposto sobre o cigarro para ver se as pessoas fumam menos – explicou.