
Protestos em Teerã cobram renúncia de autoridades por avião derrubado
Protestos em Teerã cobram renúncia de autoridades por avião derrubado Foto: Reprodução
Centenas de pessoas protestaram, neste sábado (11), em Teerã contra o governo e a Guarda Revolucionária pela derrubada acidental do avião ucraniano com 176 pessoas a bordo, que morreram na queda.
Os manifestantes se reuniram inicialmente em frente à Universidade de Tecnologia Amirkabir para acender velas em homenagem aos mortos, entre eles muitos estudantes.
A vigília foi ampliada e logo se tornou um protesto contra as autoridades, que reconheceram que o Boeing 737 foi atingido na quarta-feira passada por um míssil disparado pelos sistemas de defesa aérea iranianos.
“A renúncia (dos responsáveis) não é suficiente, é necessário um julgamento” ou “que morram por essa vergonha” foram algumas das frases mais entoadas pelos manifestantes. Os protestos também tiveram gritos de “morte ao ditador”, em alusão ao líder supremo do Irã, Ali Khamenei, e pedidos de referendo no país.
Um grande esquema de segurança começou a ser implementado em torno da universidade, assim como em outras áreas sensíveis do centro de Teerã.
A indignação popular aumentou pelo fato de as autoridades terem negado até então a hipótese de o avião ter sido abatido, o que já havia sido cogitado por vários países, como o Canadá.
A aeronave, após ter sido atingida por um míssil das defesas antiaéreas do Irã, caiu ao sul de Teerã pouco depois de descolar do aeroporto internacional Imam Khomeini com destino a Kiev com 176 ocupantes, incluindo passageiros iranianos e canadenses e nove tripulantes ucranianos.
A Guarda Revolucionária do Irã assumiu a responsabilidade e explicou que o operador do sistema de defesa aérea confundiu o dispositivo com “um míssil de cruzeiro”, pois estava em alerta para um possível ataque dos EUA.
*Com informações da Agência EFE