Médica oncologista também voltou a falar sobre uso da hidroxicloroquina e validade das medidas de isolamento
Nise Yamaguchi Foto: Reprodução
Em entrevista a um portal, a oncologista Nise Yamaguchi, apontada como uma das candidatas para assumir o posto de ministra da Saúde, afirmou que aceitaria a função caso fosse convidada pelo presidente Jair Bolsonaro.
Yamaguchi, que é uma das defensoras do uso da hidroxicloroquina no início do tratamento contra a Covid-19, defendeu que tem vasta experiência na área e que não estaria se expondo dessa forma se não acreditasse que poderia salvar vidas.
– Não é simples, mas aceitaria, sim [um convite de Bolsonaro para assumir a pasta]. Não é um desafio que depende da minha pessoa, mas um chamamento de uma sociedade – disse.
A médica também destacou seus argumentos contra o isolamento social. Segundo ela, a medida apenas piorou outras situações tão graves quanto a pandemia, como o suicídio, a violência doméstica e a depressão.
– Praias vazias, sendo que se pode ser distanciamento de 2 metros, parques. Aumentou suicídio, violência doméstica, depressão. Uma pessoa sozinha jamais conseguiria resolver. Não é só cloroquina, é muito mais que isso – apontou.
Perguntada sobre a toxicidade da cloroquina, Nise afirmou que estudos em pacientes com graus moderados e graves da Covid-19, e que usaram o medicamento, não registraram qualquer aumento.
– Não tem essa toxicidade toda. É uma tristeza porque o Brasil não deveria fazer um papelão desses. A gente acaba sendo uma voz na contramão. Outro estudo que foi feito e também não foi prospectivo, é estudo de casos que tem evidência mais baixa, mas tem. Provou que em pacientes moderados e graves que usaram hidroxicloroquina não teve aumento de toxicidade – destacou.