Empresas
investigadas no âmbito da Operação Lava-Jato, que ainda não tiveram
dirigentes denunciados pelo Ministério Público, reagiram nesta
terça-feira (30) com indignação à decisão da Petrobras de vetar a
celebração de novos contratos, por tempo indeterminado (Arquivo ABr)
Empresas investigadas no âmbito da Operação Lava-Jato, que ainda não
tiveram dirigentes denunciados pelo Ministério Público, reagiram nesta
terça-feira (30) com indignação à decisão da Petrobras de vetar a
celebração de novos contratos, por tempo indeterminado. Por meio de
nota, a Alusa Engenharia, atual Alumini, informou receber com “surpresa”
a inclusão de seu nome na lista de bloqueio.
“Trata-se de um lamentável pré-julgamento e, naquilo que se refere à
Alusa, baseado meramente em um único depoimento que apenas lançou ao
vento o nome da empresa, sem qualquer prova e de maneira absolutamente
irresponsável”, disse a empresa.
A assessoria da Alumini informou, ainda, que a empresa “não tem
relação com os ilícitos investigados e jamais participou de qualquer
cartel”. Afirmou que “todos os contratos obtidos com a Petrobras
obedeceram a critérios rigorosos de seleção, em processos transparentes e
públicos”.
Em nota divulgada nesta terça-feira, a Construcap disse receber “com
indignação” a notificação para defender-se em processo administrativo
que poderá resultar na aplicação de sanções e impedimento para
participação em licitações promovidas pela Petrobras. “A companhia
contesta veementemente a alegação de que tenha participado de qualquer
cartel de empreiteiras”, afirmou a empresa em texto em que classifica
como “despropositada” a decisão de bloqueio a novos contratos com a
estatal. “A Construcap tomará as medidas cabíveis para proteger a sua
boa reputação”, escreveu a empresa.
O presidente da Tomé Engenharia, Carlos Alberto de Oliveira e Silva,
negou nesta terça-feira que a empresa tenha participado de cartel.
Apesar de afirmar que considera correta a atitude da Petrobras, disse
que a empresa apresentará nos próximos 15 dias uma resposta à estatal. O
dirigente disse, também, que decidiu, há alguns meses, deixar de fazer
novos negócios com a Petrobras.
A Andrade Gutierrez informou, em nota, que também apresentará sua
defesa à estatal, com o intuito de retomar o relacionamento com a
empresa. “Todos os contratos com a Petrobras foram realizados dentro dos
processos legais de contratação. A Andrade Gutierrez nega veementemente
qualquer acusação de cartel”, disse, no texto.
A Promon Engenharia, a Odebrecht, a Queiroz Galvão e a Camargo Corrêa
disseram não ter sido notificadas pela Petrobras. As empresas UTC e
Mendes Júnior informaram que não vão se manifestar sobre a decisão da
Petrobras.
Originalmente publicada em: Vide Versus