Um muçulmano que é refugiado afegão de 17 anos foi abatido pela polícia depois de ferir quatro passageiros que atacou com um machado e uma faca a bordo de um comboio urbano perto da cidade bávara de Wuerzburg, sul da Alemanha. Três das vítimas apresentavam ferimentos graves, segundo as autoridades.
Segundo uma investigação levada a cabo pelo ministério do Interior (Administração Interna) do estado da Baviera e difundida pelos meios locais, o terrorista teria vindo para a Alemanha sozinho, sem qualquer membro da família ou adulto que o acompanhasse. Vivia com uma família de acolhimento não longe do local onde teve lugar o ataque.
“Não sabemos desde há quanto tempo vivia na Alemanha. Vivia com uma família que tomava conta dele. Estivemos em contato com a família e procuramos um motivo para entender o que aconteceu. Procuramos algo que nos pudesse ajudar na casa onde vivia,” disse Gerhard Eck, ministro bávaro do Interior, aos jornalistas.
Realmente foi um ataque de caráter islamista. O atacante teria gritado, segundo testemunhas citadas pelo ministério do Interior bávaro, as palavras Allahu Akbar (Deus é grande, em língua árabe). O jovem teria agido sozinho, sem que outras pessoas tenham sido identificadas até ao momento.
O comboio urbano fazia o trajeto entre Treuchtlingen e Wuerzburg no momento do ataque. Para além dos feridos, a agência de notícias alemã DPA diz que pelo menos 14 pessoas tiveram de receber assistência médica por causa do ataque, encontrando-se em estado de choque.
O terrorista muçulmano teria tentado fugir, mas foi perseguido por uma unidade de intervenção especial da polícia, que acabou por disparar sobre ele, depois de que, segundo as autoridades, este tenha tentado atacá-los.
A Alemanha não sofreu, até ao momento, qualquer tipo de ataque de caráter islamista, ao contrário das vizinhas França e Bélgica, ainda que as autoridades federais tenham confirmado ter interceptado mais do que uma tentativa nos últimos anos. A Alemanha acolheu cerca de um milhão de refugiados em 2015, incluídos milhares de menores que chegaram sozinhos ao país. Muitos fugiam de países fustigados por conflitos sangrentos, como o Iraque, a Síria e o Afeganistão.