Deputado usa pesquisa científica para derrubar argumento de ativistas LGBT
Galli quer acabar com a ideia que homossexuais "educam melhor"
A ideia de que casais homossexuais “educam melhor” seus filhos vêm sendo repetida à exaustão nos últimos anos. Impensável décadas atrás, o conceito parece ter se tornado sinônimo de alguma evolução cultural. Contudo, não existe qualquer base científica para embasar tais argumentos.
O deputado federal professor Victório Galli (PSC/MT) está querendo, segundo ele próprio, “desfazer o mito”. Em um artigo abrangente publicado em seu site pessoal, o parlamentar cristão analisou o que chama de “mentira repetida na tentativa de fazer parecê-la verdade”.
Em um momento onde existem diversos ataques ao Estatuto da Família, proposto pela bancada evangélica da qual Galli faz parte, a pertinência de pesquisas nessa área possuem relevância determinante.
Segundo ele, “o Relatório de Regnerus é um sucesso, na medida em que responde à questão fundamental: “Crianças educadas por homossexuais são diferentes daquelas criadas por pai e mãe?”. A conclusão do mato-grossense é que “não é preciso uma opinião conservadora para se ver o óbvio. O estudo traz exceções em todas as categorias. Há casos onde filhos criados por homossexuais têm desempenho superior aos demais, porém essa não é a regra”.
O deputado do PSC lamenta que a maior parte da imprensa vem divulgando os argumentos da militância LGBT sem verificar a veracidade das afirmações. “Vamos tratar o assunto com responsabilidade e com a verdade”, pediu.
Por ser professor, Galli acredita que o debate sobre todos os temas é importante, desde que os fatos sejam apresentados com clareza. Voltando a falar do estudo sobre o qual se debruçou, ele assevera: “A maior conclusão do relatório não é de que arranjos homossexuais sejam negativos em essência, porém está claro que estamos diante de mais uma afirmação de que famílias biológicas intactas, pai e mãe juntos, são positivas e geram adultos emocionalmente estáveis, pois são a base da sociedade”.
Dizendo estar acostumado a ser atacado pelos defensores da ‘agenda gay’, ele explica que está pronto para o debate aprofundado sobre o tema, pois essa é sua obrigação como representante eleito pelo tema.
Reclama ainda que a questão é séria e não vê maturidade nas argumentações, apenas a repetição de frases de efeito e “hipóteses não testadas”. Por isso, ele traz o assunto à tona e deseja que a sociedade brasileira esteja melhor informada sobre o assunto.
Promete que vai continuar estudando e escrevendo sobre o tema, mesmo sabendo que será perseguido pelas militâncias de esquerda. “O ativismo LGBT quer, forçosamente, inculcar na mente das pessoas uma pauta ideológica. Estão legislando em causa própria, a despeito da realidade, do bem-estar de nossas crianças. Alguém tem de parar isso”, finaliza.
Suposições são diferentes de conclusões
No começo desta década, dois estudos foram publicados sobre o assunto. Em 2010, foi divulgado um, assinado pelos sociólogos Judith Stacey (da New York Univiersity) e Tim Biblarz, (da University of Southern California).
Comparando casos de adoção por casais gays e casais heteros, a conclusão deles é que não havia uma “diferença significativa” entre o desempenho das crianças nos dois quadros propostos. Ao final da publicação, Stacey afirma que “especulava” e “suspeitava” que dois homens cuidariam melhor de um filho que um arranjo tradicional de um pai e uma mãe. A afirmação, por mais dúbia que pareça, foi pinçada por uma parte da mídia e divulgada como um fato inequívoco.
Dois anos mais tarde, o professor Markus Regnerus, sociólogo da Universidade do Texas, publicou na revista científica “Social Science Research” uma pesquisa de abordagem similar, mas com resultados bastante distintos.
A abrangência de Mark é mais significativa. Ele entrevistou 15.058 pessoas, incluindo 3.000 jovens adultos criados em lares gays – evitando crianças ou adolescentes, que ainda estão psicologicamente em formação. Seu estudou destacou tanto pessoas criadas por mães que estavam em um relacionamento lésbico quanto os educados por pais que viviam em relacionamentos homoafetivo.
Com o título de “Estudo de Estruturas Familiares”, a pesquisa do professor Regnerus destacou as instabilidades emocionais existentes em adultos criados por casais homossexuais.
Além disso, apontou que adultos criados por casais de lésbicas e homens gays possuem uma maior incidência de uso de maconha ou cigarro, fazem mais uso de programas assistenciais do governo, e um percentual maior deles está na prisão ou desempregado – quando comparados pessoas da mesma faixa etária criados em estruturas familiares tradicionais.